Derrotado por uma margem mínima de votos nunca vista antes em uma eleição presidencial, Jair Bolsonaro deixará a presidência do Brasil em janeiro. Mas quanto ele vai ganhar após deixar o cargo?
Em princípio, Bolsonaro receberá R$ 30 mil mensais da aposentadoria da Câmara dos Deputados mais cerca de R$ 12 mil da sua aposentadoria no Exército. Somando as duas, o total fica em cerca de R$ 42 mil mensais.
Bolsonaro iniciou sua carreira no exército 1973 e em entrou para a reserva remunerada em 1989. Um ano antes, ele foi eleito vereador na cidade do Rio de Janeiro, por isso, pelo Estatuto dos Militares, ele foi para a reserva remunerada. Em 2017, ao completar 60 aos de idade, ele se tornou capitão reformado por ter atingido a idade-limite de permanência na reserva remunerada do Exército. Por isso ele recebe aposentadoria do Exército.
Já em relação à Câmara, atualmente os parlamentares podem se aposentar com regras mais generosas do que as aplicadas aos trabalhadores da iniciativa privada. Bolsonaro atuou na câmara por 26 anos (1991 a 2018), apresentou 171 projetos de lei complementar, de decreto de legislativo e propostas de emenda à Constituição (PECs). Bolsonaro pode solicitar aposentadoria pela Câmara dos Deputados normalmente.
“Vou cuidar da minha vida. Chega, né? São 67 anos…”, disse Bolsonaro ao Antagonista, falando de sua vida após deixar a presidência. “Eu tenho uma aposentadoria do Exército, tenho também a da Câmara dos Deputados ― que não pedi, para evitar me criticarem. Isso que eu levaria para casa. Para mim está excepcional esse montante.”
Bolsonaro pode ter um cargo no seu partido
Além das duas aposentadorias, Bolsonaro também pode ter um cargo em seu partido, o PL. Mas o valor do salário para eses cargo não foi divulgado, mas deve girar em torno de R$ 9 mil.
Segundo informações publicada na imprensa paulista, Bolsonaro já se reuniu com Valdemar Costa Neto, presidente do PL, para ter um cargo remunerado no partido. Ele teria também um escritório político para trabalhar na oposição ao governo Lula.
Outra notícia recorrente dá conta que o presidente do PL sugeriu que ele more em Brasília em uma mansão na área nobre da cidade. Eduardo e Flávio Bolsonaro, filhos do presidente e também filiados ao PL, moram em Brasília.