Os advogados envolvidos no processo de recuperação judicial das lojas Americanas irão receber cerca de 0,23% de todos os passivos da varejista como honorários. O pagamento, divididos ao longo de 55 parcelas mensais, gira em torno de R$ 100 milhões — e pode aumentar, já que os valores serão corrigidos pela inflação.
A 4ª Vara Empresarial do Rio de Janeiro definiu o escritório Zveiter e a empresa Preserva-Ação como administradores judiciais da recuperação judicial da varejista brasileira. Ao todo, oito advogados assinam a petição. As informações foram divulgadas inicialmente pelo colunista Victor Irajá, do Radar Econômico, da Veja.
Um administrador judicial pode ser tanto um advogado, quanto um economista, administrador de empresas e até mesmo um contador. O objetivo deste profissional é auxiliar o processo de recuperação judicial ou falência — é função dele fazer o levantamento de dívidas, pagamentos e dinheiro em caixa; além de ser o primeiro a entrar em contato com credores e fazer negociações.
O pagamento milionário será feito em 55 parcelas de R$ 1,8 milhão cada e esse montante será dividido igualmente entre as duas empresas selecionadas pelo juiz do caso.
O pedido dos honorários justifica o valor dizendo que é "suficiente para fazer frente às despesas com a equipe multidisciplinar contratada pela atuar nesta recuperação judicial" e "compatível com a extensão e complexidade dos trabalhos".
