De acordo com um estudo do Institute Brasileiro de Geografia e Estatística, no ano de 2022, no Brasil, 12 milhões de imóveis eram ocupados por uma única pessoa. É importante que aqueles que pretendem morar sozinhos organizem suas finanças para se certificarem de que suas despesas caberão no orçamento disponível, estimando custos com itens básicos como moradia, alimentação, condomínio, contas de água, energia elétrica, gás e internet.
Sair da casa dos pais para morar sozinho pode ser uma escolha feita com base em diversos fatores. Há aqueles que tomam a decisão para experimentar a sensação de ter um espaço próprio, outros se mudam pela necessidade de morar mais próximo do trabalho. Independente da motivação, só no Brasil, no ano de 2022, quase 12 milhões de imóveis eram ocupados por apenas uma pessoa.
Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e representam 15,9% de todos os domicílios no país.
Mas para decidir morar sozinho, é preciso ter organização, principalmente no que se refere à vida financeira. Afinal, a nova rotina vem acompanhada de despesas básicas, como alimentação, gás, energia elétrica e água. Aqueles que moram de aluguel, ainda precisam somar mais alguns dígitos no orçamento familiar no início de todo o mês.
Planejamento financeiro é aliado
Segundo a Serasa, o planejamento financeiro consiste em pensar na saúde financeira, coordenando e equilibrando todos os gastos. Por isso, a premissa principal do conceito é botar todas as despesas na ponta do lápis.
Para começar o planejamento, é importante considerar todos os boletos pagos no mês, anotando uma média de gastos em um documento. Nesse momento, deve-se pensar nas despesas fixas primeiro e, em seguida, adicionar as variáveis.
As anotações podem ser feitas em blocos de notas do celular, cadernos ou planilhas no computador. A ideia é que, após ter todos os gastos adicionados no documento, o indivíduo faça a soma e compreenda a sua real situação financeira.
Para aqueles que pretendem morar sozinhos, fazer um planejamento financeiro é considerado fundamental para manter o controle de gastos. É possível buscar estimativas de preços na região onde será a nova casa e entender se as despesas caberão no orçamento disponível.
Além disso, com a informação ainda é possível tomar outras decisões em prol da qualidade de vida e do ganho de renda. Sabendo os gastos, a pessoa pode ter a segurança para utilizar o restante da renda para investir em CDB, títulos públicos e outros produtos financeiros.
Gastos comuns ao morar sozinho
No planejamento financeiro de quem pretende morar sozinho, há algumas despesas que não podem ser esquecidas. A primeira delas é o gasto com moradia, que costuma representar o maior valor. Aqueles que possuem casa própria e não pagam nenhum tipo de conta referente a este aspecto já saem economizando.
Segundo dados da FipeZap+, a média de preços de locação por metro quadrado no Brasil em 2023 ficou em R$ 38,35. Se for considerado um imóvel de 45m², por exemplo, o custo fixo de moradia ficará em torno de R$ 1.725,25.
Segundo levantamento do E-investidor, os gastos com condomínio podem ser considerados na faixa de R$ 200, já incluindo as contas de água, gás e o Imposto sobre a Propriedade Predial e Territorial Urbana (IPTU). Já os custos com internet costumam ser, em média, de R$ 150.
Entretanto, os valores podem sofrer alterações, dependendo da localização do imóvel. Portanto, para se ter uma estimativa mais precisa, a orientação é fazer uma pesquisa de preços na região onde se pretende morar.
Além dos custos com moradia, há outras despesas fixas. O valor da cesta básica referente ao ano de 2023, em São Paulo, é de R$ 791,82, de acordo com o Departamento Intersindical de Estatísticas e Estudos Econômicos (Dieese). Para a luz, conforme a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), R$ 100 costuma ser um valor suficiente.
Considerando todas as informações, o valor médio necessário para morar sozinho seria em torno de R$ 3 mil, sem considerar os gastos com transporte. Neste aspecto o valor irá depender do meio que a pessoa escolhe para se locomover no dia a dia.
Conforme aponta o E-investidor, se a escolha for transporte público, a média de gastos pode ficar em torno de R$ 264 por mês. Já se for o carro, o valor tende a subir, conforme as variações de preço da gasolina e necessidades de manutenção do veículo.
Além disso, também é importante reservar uma média do orçamento para atividades de lazer e despesas de saúde. Ambas podem variar, conforme os gostos, as preferências e as necessidades de cada pessoa.
(*) HOMEWORK inspira transformação no mundo do trabalho, nos negócios, na sociedade. É criação da Compasso, agência de conteúdo e conexão.