No último dia 10 demarço, o banco americano Silicon Valley Bank (SVB) encerrou suas atividades após ter sua falência decretada pelas autoridades americanas, a qual foi considerada a segunda maior do setor bancário dos EUA.
O banco faliu em apenas 48 horas e essa foi a maior quebra de um banco dos EUA desde o Washington Mutual em 2008.
A notícia provocou apreensão entre os clientes do SVB, dentre eles startups brasileiras, que não conseguiram resgatar os investimentos a tempo. Pior: a queda do SVB sacudiu o universo dos criptoativos, que já vinha de um verdadeiro terremoto desde a quebra da FTX.
As consequências mais imediatas
“Uma das principais consequências imediatas foi a tensão no mercado critpo pela principal stable coin ter perdido sua paridade com dólar devido ao bloqueio de 8,25% dos recursos”, afirma João Lucas Tonello, analista da Benndorf Research.
Em 12 de março, com intuito de proteger a economia dos Estados Unidos, foram aprovadas ações permitindo que o FDIC conclua sua resolução do SVB, de maneira garanta aos depositantes o saque dos valores investidos.
“Assim, os depositantes terão acesso a todo o seu dinheiro. Desta forma, foi feito uma espécie de Bailout para evitar um temor em cadeia de outros bancos nos EUA”, analisa Tonello. “Mas resta aguardarmos cautelosamente riscos de quebra de outros bancos. No caso de ter sido um ato isolado, não há maiores preocupações. Mas, se for o início de uma nova crise de 2008, temos muito que nos preocuparmos.”
Uma queda que afeta todo o sistema financeiro
Segundo Ricardo Veles, CIO da Futurum Capital, a falência do SVB afeta todo o sistema financeiro.
“Ele coloca em xeque a qualidade dos critérios dos reguladores, como aconteceu em 2008, após a falência do Lehman Brothers”, diz Veles. “Para garantir que não haja uma quebra em cadeia de diversas empresas que mantinham seus depósitos no Silicon Valey Bank, o FED garantiu a possibilidade de saque pelos clientes do banco ― mas os titulares de dívida e acionistas não estão cobertos por este mecanismo.”
“Acredito que a tendência é o SVB acabar sendo adquirido por uma outra instituição, o que evitaria maior temor do mercado e reduziria volatilidade nas bolsas no curto prazo”, finaliza ele.
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