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Queda desenfreada de ações leva China a paralisar bolsas

4 jan 2016 - 13h44
(atualizado às 14h09)
Foto: EFE

As bolsas de valores da China começaram o ano em forte turbulência. Após uma queda de mais de 7%, um novo mecanismo de segurança foi acionado imediatamente, suspendendo as negociações pelo resto do dia.

As ações despencaram nesta segunda-feira (04/12), na primeira sessão das bolsas de valores da China em 2016. O mau desempenho da indústria e a queda do Yuan aumentam a preocupações sobre a combalida economia do país, forçando a intervenção da Comissão Reguladora do Mercado de Valores da China (CRMV), que suspendeu as transações pelo resto do dia.

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Os principais mercados de ações, Xangai e Shenzhen, tiveram as atividades interrompidas após o índice de referência cair mais de 7%, empurrado pelos dados da produção industrial.

A queda do índice CSI 300 ativou mecanismos automáticos de interrupção que haviam sido introduzidos ainda nesta segunda-feira pela CRMV, para restringir as flutuações do mercado. Uma queda de 5% no início do dia já havia causado uma paralisação de 15 minutos. Como a queda continuou, os reguladores foram forçados a suspender completamente as atividades cerca de 90 minutos antes do término habitual.

A queda do CSI 300 – que compreende as trezentas maiores empresas relacionadas na China continental – desencadeou vendas em grandes proporções também em outros índices chineses, que apresentaram quedas entre 6% e 8%.

As quedas vieram após a divulgação de resultados decepcionantes do setor industrial chinês. O índice de gestores de compras (PMI) demonstrou uma leitura de 48.2 pontos, caindo significativamente em relação aos 48.6 registrados em novembro e marcando o décimo mês seguido de queda. Números abaixo de 50 no índice PMI indicam um panorama negativo, medido pelas intenções de compra dos gestores da indústria.

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Um estudo oficial lançado na última sexta-feira, com base nas grandes empresas estatais, revelou o quinto mês de contração, embora um impulso positivo no setor de serviços possa abrandar o resultado na economia em geral.

Repercussão global

A queda do mercado de ações chinês gerou pânico em bolsas de valores por toda a Ásia. O índice japonês Nikkei caiu mais de 3%. Os mercados da Coreia do Sul e Taiwan sofreram abalos semelhantes.

As turbulências no mercado chinês fizeram com que as bolsas europeias abrissem 2016 em queda, o que deverá repercutir também no mercado americano.

O índice DAX, da Alemanha, cuja economia liderada pelas exportações é sensível aos humores do mercado chinês, despencou 4,2%. O FTSE 100 britânico caiu 2,4%, enquanto o francês CAC apresentou queda de 2,7%.

A Deutsche Welle é a emissora internacional da Alemanha e produz jornalismo independente em 30 idiomas.
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