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Queda na confiança empresarial aumenta temores de recessão na Alemanha

24 set 2024 - 08h47

A confiança das empresas alemãs caiu pelo quarto mês consecutivo em setembro e mais do que o esperado, segundo uma pesquisa divulgada nesta terça-feira, ampliando os sinais de que a maior economia da zona do euro pode ter entrado em recessão.

Dados desta semana mostraram que a atividade empresarial alemã contraiu em setembro pelo ritmo mais acentuado em sete meses, colocando a economia no caminho certo para registrar um segundo trimestre consecutivo de queda na produção.

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O instituto Ifo disse que seu índice de clima de negócios caiu para 85,4 em setembro, de 86,6 em agosto. Analistas consultados pela Reuters previam uma leitura de 86,0.

"A economia alemã está sob crescente pressão", disse o presidente do Ifo, Clemens Fuest.

A pesquisa com cerca de 9.000 gerentes de empresas revelou que a maioria avaliou a situação atual como tendo se deteriorado.

O índice de condições atuais caiu para 84,4 em setembro, de 86,4 em agosto. Economistas consultados pela Reuters projetavam uma leitura de 86,0.

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"ESPIRAL DESCENDENTE

A perspectiva para os próximos meses também se deteriorou ainda mais, com o índice caindo para 86,3 em setembro, de 86,8 em agosto.

"A economia alemã está à beira de uma espiral descendente", disse Klaus Wohlrabe, economista do Ifo, à Reuters.

Ele disse que a economia da Alemanha, que sofreu uma contração de 0,1% no segundo trimestre, pode muito bem encolher ainda mais no terceiro trimestre. Uma recessão é normalmente definida como dois trimestres consecutivos de contração.

O índice de clima de negócios diminuiu em todos os setores, com exceção da construção. No setor de manufatura, o índice caiu para seu nível mais baixo desde junho de 2020.

"Outro dia, outra surpresa negativa nas pesquisas econômicas alemãs", disse Claus Vistesen, economista-chefe da zona do euro na Pantheon Macroeconomics.

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Uma pesquisa de gerentes de compras na segunda-feira mostrou que a atividade empresarial alemã contraiu mais acentuadamente do que o esperado em setembro, já que a desaceleração no setor industrial começou a se espalhar para a economia em geral.

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