Prático, rápido e seguro. Essas são algumas das características do Pix, ferramenta de pagamento instantâneo criada em 2020 e que vem desde então sendo um sucesso no Brasil.
A ferramenta, que transfere dinheiro entre contas em poucos segundos e a qualquer hora ou dia, já está consolidada como meio de pagamento mais usado pelos brasileiros.
Conforme o recente estudo Prime Time for Real-Time Report, o Brasil foi a segunda nação que mais utilizou meios de pagamentos instantâneos no ano passado, com 29.2 bilhões de transações.
A eficiência e grande aceitação popular do Pix fez com que a ferramenta fosse usada politicamente nas eleições presidenciais de 2022 como um feito do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro. No entanto, o Pix tem outra origem.
Afinal, quem criou o Pix?
O Pix foi pensado e desenvolvido pelo Banco Central (BC) entre 2016 e 2020. O grupo de trabalho que criou o Pix, entretanto, foi instituído somente em maio de 2018, no governo do ex-presidente Michel Temer, com cinco subgrupos destinados a debater temas específicos como segurança e agilidade.
Cerca de 130 instituições, entre associações representativas, instituições bancárias, instituições de pagamento, cooperativas, entidades governamentais, infraestruturas do mercado financeiro, fintechs, marketplaces, consultorias e escritórios de advocacia, participaram das discussões.
O Pix foi gestado pelo BC quando o economista Ilan Goldfajn presidia a instituição. Inclusive, servidores do BC refutaram no ano passado as falas de Bolsonaro de que o seu governo teria sido o responsável pela criação do sistema de pagamento. Desde 2021, o BC atua de forma independente.
Quando o Pix passou a valer?
O Pix foi lançado no dia 5 de outubro de 2020, mas apenas para o cadastramento de chaves. As primeiras transações ocorreram a partir de 16 de novembro do mesmo ano.
O Pix foi inventado no Brasil?
O Pix não foi inventado no Brasil. Diversos outros países possuem, cada um ao seu modelo, suas formas e métodos de transferência de valores de forma prática e quase imediata. No entanto, segundo indicou Ilan Goldfajn em 2016, quando o projeto do PIX estava sendo gestado, o BC se preparava para lançar uma ferramenta inspirada no Zelle, plataforma similar ao Pix nos Estados Unidos.