Bilionário brasileiro Leo Kryss processa corretor por ocultar compra de mansão por Jeff Bezos, reduzindo seu preço em US$ 6 milhões.
Nesta semana, um discreto bilionário brasileiro voltou a aparecer na mídia por causa de uma disputa judicial envolvendo o segundo homem mais rico do mundo, Jeff Bezos. Leo Kryss não é afeito aos holofotes, mas seu nome correu o noticiário após ele entrar na Justiça contra o corretor Douglas Elliman por ter ocultado que o dono da Amazon era o comprador de um de seus imóveis.
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O brasileiro alega que a ocultação fez com que ele reduzisse o preço da mansão em US$ 6 milhões (R$ 33 milhões). O imóvel é um dos três comprados por Bezos na ilha artificial de Indian Creek Village, ao norte de Miami Beach. Mas quem é Leo Kryss, capaz de negociar milhões --e bater de frente-- com umas das pessoas mais ricas do mundo?
"Lenda viva"
Ao pesquisar por Leo Kryss, o termo "lenda viva" aparece algumas vezes, principalmente cunhado por admiradores de sua trajetória enquanto investidor. Atualmente, são poucas as notícias atualizadas sobre sua vida, já que Kryss, hoje com 76 anos, prefere uma vida discreta.
Uma reportagem do jornal Folha de S. Paulo, de 1996, tem uma pequena biografia de Kryss: ele nasceu na Alemanha, mas se mudou para o Brasil em 1958, com 10 anos de idade. Aqui, viveu sua infância e, por isso, é considerado um cidadão brasileiro.
Depois da educação básica no Brasil, ele formou-se em economia no Illinois Institute of Technology, nos EUA. Ele retornou ao país em 1972, onde, dois anos depois, assumiu a presidência da Evadin, empresa fundada por seu pai, Josef Kryss, fabricante de eletrônicos.
Naquele ano de 1996, o grupo registrou um faturamento de US$ 1 bilhão, com capital inteiramente brasileiro. A empresa foi uma das primeiras a se instalar na Zona Franca de Manaus.
Depois, Kryss ficou conhecido por ser um dos principais sócios da empresa de brinquedos eletrônicos Tec Toy. A marca se associou a Sega e trazia inovações para o Brasil, desde 1987, lançando briquendos como o videogame e o karaokê.
Como citado acima, o brasileiro também se destaca como investidor. Ele controlava o Grupo Tendência, uma holding financeira.
