Ray Dalio, fundador da Bridgewater, um dos maiores fundos de investimentos do mundo, afirmou que os problemas de desequilíbrio financeiro da China são tão graves que lembram os da bolha de ativos do Japão logo antes do início da crise econômica de décadas do país. As informações são de reportagem da Fortune.
Conhecido também como o "Guru de Wall Street", o norte-americano tem 75 anos, é filho de uma dona de casa e um músico de jazz. Ele é casado, tem três filhos e cinco netos, e é dono de uma fortuna estimada pela Forbes em US$ 14 bilhões (R$ 75,8 bilhões), o que o torna o 144º mais rico do mundo.
Desde os 12 anos de idade ele fazia investimentos no mercado, a partir de dicas que recebia de golfistas para quem ele trabalhava com caddie (segurador de tacos). Bacharel em artes cênicas pela Long Island University, ele se formou em finanças pela CW Post College em 1971 e, dois anos depois, em 1973, obteve o mestrado em administração de empresas por Harvard. Ele fundou a Bridgewater em 1975, no apartamento onde morava em Nova York.
Atualmente a empresa é o maior fundo de hedge do mundo e administra US$ 124 bilhões (R$ 685 bilhões) em investimentos. Dalio não controla mais a empresa, mas permanece como investidor e integrante de seu conselho. Segundo informações do site da Bridgewater, ela é a quinta empresa privada mais importante dos EUA.
Ainda segundo a empresa, Dalio trouxe conceitos inovadores em investimentos, como paridade de risco, sobreposição alfa e All Weather, que vieram a influenciar muitos investidores ao redor do mundo. Dalio também foi muito premiado pelas suas inovações, diz o site da Bridgewater.
Em 2012, ele foi citado pela revista Time como uma das 100 pessoas mais influentes do mundo. O "Guru de Wall Street" também escreveu livros, alguns deles que já figuraram na lista dos mais vendidos do jornal The New York Times, como "Principles: Life and Work" ("Princípios: Vida e Trabalho", em tradução livre).
Suas opiniões sobre o cenário macroeconômico ao redor do mundo sempre receberam muita atenção. Segundo a Fortune, no passado ele chegou a alertar sobre o risco crescente de eclosão de guerra civil nos EUA devido à situação econômica. Hoje ele se mostra mais otimista, diz a revista.
Ao lado do filho Mark, ele é co-fundador da OceanX, iniciativa filantrópica de apoio a cientistas para estudar o fundo dos oceanos. A empresa diz ter sido a primeira a explorar o mar profundo da Antártida e a primeira a filmar uma lula gigante nas profundezas. As imagens captadas pela OceanX já foram até premiadas.
Ele e sua família mantêm a Dalio Philanthropies, criada em 2003 como Dalio Foundation. Na página da fundação, é descrito que ele e mulher com quem está casado há 40 anos, Bárbara, começaram a desempenhar atividades filantrópicas em 1995. A ideia nasceu após eles mandarem um dos filhos para estudar na China e, no país asiático, visitaram um orfanato.
Desde 2011 eles são signatários do Giving Pledge, iniciativa em que cerca de 240 ricos se comprometem a doar a maior parte de suas riquezas a causas beneficentes. A lista inclui outros nomes famosos, como Elon Musk, George Lucas e Mark Zuckerberg.