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Recebeu a restituição do Imposto de Renda? Saiba se é melhor pagar dívidas ou investir

Neste ano, o pagamento das restituições do IRPF será feito em cinco lotes

25 jun 2023 - 05h00
Cédulas de real
Cédulas de real
Foto: Aloisio Mauricio/FotoArena / Estadão

Para os agraciados pela restituição do Imposto de Renda 2023 - a Receita Federal já iniciou o pagamento do 1º e do 2º lote -, fica a dúvida do que fazer com a quantia e, principalmente, como usar o valor com sabedoria.

Neste ano, o pagamento das restituições do IRPF será feito em cinco lotes. No primeiro lote, considerado pelo órgão o maior da história, foram distribuídos cerca de R$ 7,5 bilhões a 4,1 milhões de contribuintes.

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Diante dessa 'grana extra' (afinal, é apenas um direito do cidadão), a educadora financeira Aline Soaper lembra que o nível de endividamento e inadimplência dos brasileiros é alto, e quem tiver dívidas, deve usar esse dinheiro para saná-las.

“O dinheiro da restituição pode ser usado para quitar dívidas específicas, adiantar alguma parcela ou para abater valores de alguma despesa que está consumindo a renda mensal. Com os juros elevados, quem tem dívidas, e não dá prioridade por pagá-las, acaba entrando em uma bola de neve. Se o contribuinte estiver sem dívidas, dá também para usar esses valores recebidos com uma reserva de emergência, que é um dinheiro que você vai guardar para bancar as despesas mensais fixas por um certo período de tempo", diz a especialista.

O número de cidadãos endividados no Brasil deve encerrar 2023 em uma nova máxima histórica, como revelou recentemente a Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo. Em março e abril, 78,3% dos brasileiros estavam endividados, e 29,4% estavam inadimplentes.

Aline Soaper explica que se o valor for usado para pagar dívidas as prioridades devem ser, por exemplo: conta de luz e água atrasadas, parcelas vencidas do condomínio, mensalidades atrasadas da escola dos (as) filhos (as) e todas aquelas contas básicas. Todas essas entram na lista de prioridade. Segundo a educadora financeira em seguida vem as contas de consumo, que estão acumuladas no cartão de crédito - que tem os juros muito altos, e o cheque especial. Por último, se sobrar algum valor, aí sim, em terceiro lugar, vem o planejamento para fazer uma reserva de emergência ou investir.

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Fazer render

Como já adiantamos, outro futuro promissor para o dinheiro está nos investimentos. Segundo Renan Diego, é possível começar a investir com o valor da restituição, mesmo sendo um valor baixo. 

“Comece pelo Tesouro Selic ou pelo CDB com liquidez diária, que são aqueles que você pode resgatar a qualquer momento. Isso porque, alguns bancos têm opções de rentabilidade de até 200% do CDB, se você investir por meio de uma corretora de investimentos. Esse tipo de investimento possui além da liquidez diária diferentes tipos de liquidez, de acordo com o seu objetivo, sem contar que é muito mais rentável que a poupança", sugere. 

"Para quem já tem uma reserva financeira, eu recomendo ir para a bolsa de valores que é onde você vai conseguir multiplicar o seu dinheiro da restituição, começando por dois ativos diferentes para deixar a sua carteira de investimentos mais atrativa. Fundos Imobiliários que geram uma renda mensal e Ações de empresas que pagam bons dividendos, que são os lucros que as empresas distribuem, que te gera uma renda que dependendo da empresa pode ser, mensal, trimestral, semestralmente ou anualmente, e também é possível vendê-las", completa. 

Em fevereiro de 2023 a B3 (a Bolsa de Valores do Brasil) informou que 6 milhões de pessoas investem em algum tipo de ativo, isso se deve ao valor que os investimentos proporcionam, eles são maiores que a poupança.

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Fonte: Redação Terra
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