O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, disse nesta sexta-feira que a reforma da Previdência só será votada no Congresso "quando as condições estiverem maduras" e o momento não é certo.
Falando a jornalistas durante a reunião do bloco Mercosul, Meirelles disse que não havia nenhum plano para mudar a legislação para facilitar sua passagem pelo Congresso.
A acusação de corrupção passiva contra o presidente Michel Temer atrasaram os esforços para aprovar a reforma no Congresso. O sistema previdenciário é o maior dreno das finanças do governo e a redução do seu custo é fundamental para controlar o déficit orçamentário.
"Vamos prosseguir com a proposta original, com as modificações que já foram aprovadas em comissão. A única questão é quando será posta à votação", disse Meirelles.
"O Presidente da Câmara (dos Deputados, Rodrigo Maia) está totalmente de acordo com o governo sobre isso e sobre a necessidade de realizar a votação quando as condições estiverem maduras", acrescentou.
Meirelles disse que o Brasil vive sob "alguma incerteza" que será resolvida em algum momento. "E então a vida continuará."