Discussões sobre as reformas do Fundo Monetário Internacional (FMI) chegaram a um impasse, apesar de líderes financeiros globais falarem que iriam avançar sem os Estados Unidos, caso o país deixe de ratificar as mudanças até o final do ano, afirmou uma autoridade do G20 (grupo das 20 maiores economias do mundo) neste domingo.
Em um comunicado final, os ministros de finanças e dirigentes de bancos centrais do G20 disseram estar "profundamente decepcionados" com o atraso dos EUA.
"Alguns disseram que precisamos dar aos EUA mais espaço", disse a autoridade, que participou das negociações do G20 e falou sob condição de anonimato. "Eu diria que estamos em um beco sem saída", completou.
A incapacidade de continuar dando uma voz mais poderosa no FMI aos mercados emergentes e reforçar os recursos do fundo parece ser a questão mais controversa para autoridades do grupo das 20 maiores economias e os representantes dos países-membros do FMI que se reuniram no final de semana.
Pacote de reformas
Qualquer tentativa de dividir o pacote de reformas proposto em 2010 pelo G20 seria desastrosa não só para os EUA, mas para todo o grupo, ele disse, porque a maioria dos países já passou pelos procedimentos de ratificação.
"Se você quebrar o pacote de 2010, terá que começar de novo", disse a autoridade. "E esse fator não pode ser superado. Como superar isso? Ninguém quer passar novamente por este processo pela segunda vez."
Outras autoridades não estavam imediatamente disponíveis para comentar o assunto.