Vice-líder do governo no Congresso e coordenador do grupo de trabalho da reforma tributária na Câmara dos Deputados, Reginaldo Lopes (PT-MG) disse estar "otimista" com a aprovação da matéria no Congresso. "Pela primeira vez, conseguimos construir um alinhamento político para aprovação da reforma, estou muito otimista", pontuou.
A declaração foi dada nesta quinta-feira, 25, durante um evento comemorativo em alusão ao Dia da Indústria, na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), em São Paulo (SP).
"No dia 6 de junho, vamos entregar o relatório com diretrizes negociadas com setores econômicos, com a equipe econômica do governo Lula, com as bancadas. Essas diretrizes farão parte do substitutivo que será apresentado para o colégio de líderes", completou.
O deputado acrescentou que, após 40 anos de debate, foi possível responder a inquietações e dúvidas sobre a reforma, superando a desconfiança federativa que, segundo Lopes, "é legítima".
"Perante esses três desafios, acumulamos respostas. As duas PECS, que tramitam na Câmara e no Senado, conseguem responder essas questões", afirmou. "Acredito que estamos conversando bem e vamos ver se até o dia da votação - há ainda alguns dissensos, mas acredito residual -, vamos chegar com o texto. Porque acredito que o melhor texto é aquele que tem votos suficientes para sua aprovação. Evidente que temos a responsabilidade de fazer dentro das premissas, mas os acertos que faremos será dentro das necessidades políticas de transição."
Bernard Appy, secretário extraordinário da reforma tributária, também esteve presente no evento e ressaltou a importância da matéria. "O setor de indústria da transformação é o setor mais prejudicado pelo cenário tributário atual. Por esse motivo, é o setor a ser mais beneficiado pela reforma tributária", concluiu.