O Reino Unido autorizou o avanço de um de seus maiores novos projetos para a exploração de petróleo e gás em anos, o campo de Rosebank, da Equinor, no Mar do Norte, dizendo que a segurança energética é a prioridade do país, apesar da oposição dos ambientalistas.
O anúncio desta quarta-feira foi feito depois que o primeiro-ministro Rishi Sunak enfraqueceu as metas climáticas do país na semana passada, em uma medida que, segundo os críticos, também poderia incentivar outros países a reduzir suas ambições climáticas.
A ministra da Segurança Energética, Claire Coutinho, disse que o campo de Rosebank será menos intensivo em emissões do que os desenvolvimentos mais antigos de petróleo e gás.
"Continuaremos a apoiar o setor de petróleo e gás do Reino Unido para sustentar nossa segurança energética, crescer nossa economia e nos ajudar a realizar a transição para uma energia mais barata e mais limpa", disse ela.
A base do plano para tornar Rosebank menos intensivo em emissões é eletrificar o processo de extração.
O grupo norueguês Equinor disse que a eletrificação do campo, localizado a oeste das Ilhas Shetland e com início de produção previsto para 2026-27, só ocorrerá em 2030.
Os defensores do meio ambiente pediam ao governo que interrompesse o desenvolvimento de Rosebank, dizendo que o projeto contraria o plano para uma economia com emissão líquida zero de gases causadores do efeito estufa.
Mas Sunak deu seu apoio ao projeto no Mar do Norte em julho, dizendo que o Reino Unido precisava de novos combustíveis fósseis domésticos para melhorar a segurança energética e que o petróleo e o gás ainda farão parte da matriz energética do país mesmo em 2050.
Espera-se que o campo de Rosebank, relativamente pequeno no contexto global, produza 300 milhões de barris de petróleo em sua vida útil.
O Partido Trabalhista, principal legenda de oposição, que deseja focar em energia limpa, disse que respeitará todas as licenças concedidas antes da próxima eleição, inclusive a do Rosebank.