O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), defendeu hoje (30) o reajuste do salários dos servidores do Judiciário e dos benefícios do programa Bolsa Família.
"Depois da revisão do superávit e da presença do ministro do Planejamento ontem na Comissão de Assuntos Econômicos do Senado, acho que ficou tudo esclarecido no sentido de que nós podemos sim dar esse aumento. E acho, com relação ao aumento da Bolsa Família, e eu digo isso com certa propriedade porque eu fui o relator do Bolsa Família no Senado, acho que isso do ponto de vista do impacto significa muito pouco, diante do que está aí. Porque o Bolsa Família somado com as LOAs não significam 1% do PIB, então não é essa despesa, que vai matar a fome de algumas pessoas, que vai do ponto de vista fiscal desorganizar definitivamente o Brasil", disse ao ser questionado sobre um possível impacto orçamentário.
O Plenário do Senado aprovou ontem (29) os projetos de lei que reajustam os salários dos servidores do Judiciário e do Ministério Público Federal. Os servidores do Poder Judiciário Federal deverão receber um aumento total de 41% dividido em oito parcelas a serem pagas entre junho deste ano e julho de 2019. Os projetos vão agora para sanção presidencial. O governo interino anunciou ontem que reajustará em 12,5% os benefícios pagos pelo Bolsa Família.
O presidente do Senado e um grupo de senadores e deputados se reuniuram na manhã desta quinta-feira (30) com o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministro Gilmar Mendes.
O líder do PSDB no Senado, senador Cássio Cunha Lima (PSDB-PB) também esteve no encontro. Segundo ele, o impacto do reajuste para os servidores do Judiciário já estava previsto.
"Os impactos dos reajustes já estavam previstos, porque são fruto de negociações que demandaram mais de um ano. Inclusive o Congresso já havia aprovado o reajuste dos funcionários do Poder Judiciário e do Ministério Público da União, houve um veto presidencial e uma nova proposta fruto de negociação que foi feita ainda no passado, então está dentro da previsão orçamentária que foi estabelecida pelo próprio Congresso", disse.
Sobre o Bolsa Família, Cássio Cunha Lima afirmou que o programa "tenta proteger os mais pobres da força da inflação. Cada vez mais essas pessoas estão fragilizadas e claro que ninguém poderia se colocar contrário a proteção daqueles que mais precisam".