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Rival chinesa da Starlink fecha acordo para atuar no Brasil

20 nov 2024 - 19h27
(atualizado às 19h27)

A empresa chinesa de satélites em órbita baixa, a SpaceSail, que busca desafiar a Starlink de Elon Musk, assinou um acordo para entrar no mercado brasileiro, informou a empresa nesta quarta-feira, durante a visita de Estado do presidente chinês Xi Jinping a Brasília.

A SpaceSail assinou um memorando com a estatal brasileira de telecomunicações Telebras para fornecer serviços de comunicações via satélite e internet de banda larga ao país.

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O acordo é um dos muitos firmados durante as reuniões de Xi com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva na residência presidencial, após a cúpula do G20 realizada no Rio de Janeiro nesta semana.

Satélites em órbita baixa geralmente operam a altitudes entre 300 km e 2 mil km acima da superfície da Terra, com a vantagem de serem mais baratos e oferecerem transmissão mais eficiente do que satélites em órbitas mais altas.

A Starlink, da SpaceX, é uma crescente constelação comercial de banda larga com mais de 6 mil satélites em operação, sendo usada por consumidores, empresas e agências governamentais.

O acordo, que marca o início das operações internacionais da SpaceSail, surge pouco depois de o Supremo Tribunal Federal (STF) congelar temporariamente as contas bancárias da Starlink no país.

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A medida foi tomada para forçar o bilionário Elon Musk a pagar multas em uma disputa entre o tribunal e a plataforma de mídia social X, também de propriedade de Musk.

"O que estamos trabalhando é para que a sociedade brasileira tenha opções de mais de uma empresa oferecendo um serviço que hoje é essencial e fundamental para a população, especialmente em áreas remotas", disse o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, à CNN Brasil.

Atualmente, a China  possui 1.059 satélites em órbita, 492 dos quais são comerciais, segundo a agência estatal de notícias Xinhua.

Empresas chinesas, privadas e estatais, incluindo fabricantes de armas, começaram a lançar dezenas de satélites de órbita baixa, prometendo alcançar a Starlink por meio da criação de megaconstelações de milhares de satélites.

"Os serviços de comunicação via satélite fornecidos pela SpaceSail para o Brasil serão realizados com base na Constelação Mil Velas, uma gigantesca constelação de satélites de baixa órbita que adota um design de banda completa, multi-camadas e multi-órbitas", afirmou a SpaceSail em comunicado.

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Pesquisadores chineses do Exército de Libertação Popular, nos últimos dois anos, estudaram o uso da Starlink na guerra na Ucrânia e alertaram sobre os riscos que ele pode representar para a China caso o país se envolva em um conflito armado com os Estados Unidos.

Entre os clientes da Starlink no Brasil estão as Forças Armadas.

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