A produtora russa de alumínio Rusal cortará a produção em mais de 6% em resposta aos altos preços globais da alumina e com a política monetária restritiva e a desaceleração econômica diminuindo a demanda doméstica pelo metal, disse a empresa nesta segunda-feira.
A Rusal, maior produtora de alumínio do mundo fora da China, afirmou que a produção seria reduzida em 250.000 toneladas por ano após a interrupção do fornecimento de bauxita da Guiné e do Brasil e a suspensão da produção na Austrália contribuírem para o aumento dos preços da alumina neste ano.
Os preços da alumina mais do que dobraram desde o início do ano, chegando a mais de 700 dólares por tonelada. O alumínio, usado nos setores de construção, transporte e embalagem, subiu 11% neste ano.
"Como resultado, a participação da alumina no custo caixa do alumínio aumentou para mais de 50%, em comparação com o nível normal de 30 a 35%", disse a Rusal, acrescentando que não haverá perda de empregos.
A empresa não informou quando os cortes de produção começarão.
A Rusal disse que precisa comprar mais de um terço de sua alumina no exterior a preços de mercado. A empresa produziu 3,85 milhões de toneladas de alumínio em 2023, ou 5,5% da produção global.
A empresa opera 11 fábricas de alumínio, incluindo uma na Suécia. Ela não informou em quais fábricas planeja cortar a produção.