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Rússia suspeita de ractopamina em carne suína da BRF

Abatedouros são suspeitos de infringir padrões veterinários

9 jun 2014 - 17h35
(atualizado às 17h42)

O órgão de vigilância sanitária da Rússia Rosselkhoznadzor suspeita que o Brasil está ofertando carne suína produzida com o uso do estimulante de crescimento ractopamina, informou a agência de notícias Interfax nesta segunda-feira.

"Suspeitamos que o Brasil mais uma vez começou a enviar carne suína com ractopamina. As primeiras amostras deram resultados positivas e nós as enviamos agora para novos testes", disse o diretor do Rosselkhoznadzor, Sergei Dankvert, à Interfax. Dois abatedouros da BRF, registros SIF 1001 e 3681, são suspeitos de infringir os padrões veterinários russos, disse ele.

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O órgão estatal já havia decidido restringir importações da unidade 1001, em Rio Verde (GO), a partir de 18 de junho devido à descoberta de e-coli, informou a Interfax. O Rosselkhoznadzor já havia proibido as importações do Brasil devido ao uso de ractopamina. No entanto, o bloqueio foi retirado após exportadores brasileiros adaptarem-se aos padrões russos. "Mas se o envio aumentar, nós começaremos a suspeitar que isso pode significar um atendimento inadequado das regras", disse a autoridade. "Parece que já aconteceu", acrescentou. Se a presença de ractopamina for confirmada, "as restrições às importações podem ser de grande escala, até proibir a originação em determinado Estado", afirmou Dankvert à agência de notícias russa.

A BRF disse que não foi notificada oficialmente sobre nenhum resultado de testes realizados pelas autoridades russas para uso da substância ractopamina. "A empresa afirma que as duas unidades produtivas mencionadas na matéria (SIF 2681, em Uberlândia, e SIF 1001, em Rio Verde) atendem a todos os requisitos para exportação de carne suína para a Rússia e garante que não há uso da substância ractopamina na criação de animais abatidos nestas plantas", disse a empresa em resposta por e-mail.

A BRF ressaltou que é possível comprovar que a companhia não usa ractopamina nestas unidades por meio dos sistemas de rastreabilidade e garantia de qualidade da própria empresa, que inclui testes realizados para controle interno. "Além disso, o certificado sanitário que acompanha as cargas para este destino, acordado entre as autoridades sanitárias do Brasil e da Rússia, atesta o atendimento às normas russas na produção da carne em questão", acrescentou.

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