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Seguro popular para carros pode sair até 30% mais barato

6 mai 2016 - 08h53
Cerca de 70% dos veículos que circulam no Brasil não têm proteção de seguro
Cerca de 70% dos veículos que circulam no Brasil não têm proteção de seguro
Foto: Pixabay / O Financista

Seguro de carro costuma ser caro. Na média, custa 10% do valor do veículo. Mas em breve os consumidores terão à disposição um novo tipo de apólice que pode ser até 30% mais barata que o seguro tradicional. É o seguro popular de automóvel, modalidade recentemente regulamentada pela Susep, órgão regulador do mercado de seguros.

“Hoje apenas um terço da frota de veículos no Brasil tem seguro. Os outros 70% estão ávidos por uma proposta mais razoável”, diz Luiz Pomarole, diretor geral da Porto Seguro, líder do segmento de seguros de carro.

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A principal diferença do seguro popular em relação ao tradicional é que ele prevê a utilização de peças usadas em reparos, o que barateia o custo da seguradora. Não podem ser usadas, no entanto, peças de segunda mão para reparos de itens de segurança, como airbag, freios e suspenção, por exemplo. Lataria, bancos e painel estão liberados.

As peças usadas serão provenientes de empresas de desmontagem de veículos, que foram regulamentadas pela lei federal 12.977, de maio de 2014.

“Muita gente hoje não é segurada e o momento de aprovação do produto não poderia ser mais oportuno, devido à crise econômica”, diz Sérgio Barros, diretor de produtos de automóvel do Grupo BB e Mapfre.

Essa nova modalidade de seguro deve estar disponível no mercado no segundo semestre, mas vai depender de alguns ajustes que as seguradoras estão pedindo à Susep para viabilizar o seguro popular.

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Ajustes

Além de peças usadas, as empresas de seguros pedem a previsão de uso de peças novas não originais. O argumento é que não existem peças de segunda mão suficientes para alimentar o futuro segmento de seguro popular. A conta é simples: para cada automóvel que tem perda total – que pode ser desmontado e ter suas peças reutilizadas – há seis perdas parciais, que demandam peças para o seu reparo.

“Precisa ter peça nova, senão não é economicamente viável”, afirma Pomarole.

Segundo o superintendente da Susep, Roberto Westenberger, o normativo do seguro popular vai passar por mudanças e todas as propostas feitas pelo mercado serão consideradas. As sugestões serão encaminhadas ao CNSP (Conselho Nacional de Seguros Privados) na próxima reunião, marcada para 23 de maio.

Ele, porém, não adiantou nenhum detalhe sobre essas mudanças. Disse apenas que haverá um ajuste fino de alguns pontos para otimizar e deslanchar as vendas do produto. “O que for possível fazer, nós vamos fazer”, afirmou.

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Para que o preço possa ser mais competitivo do que o seguro tradicional, a tendência é que a apólice popular tenha menos assistências. O diretor da BB e Mapfre destaca, no entanto, que a oferta de assistências e serviços deve ser modularizada, deixando o cliente escolher a cobertura mais adequada ao seu perfil.

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