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Selic deve subir 1 pp na reunião desta semana, diz Itaú

9 dez 2024 - 15h54
taxa Selic. Foto: iStock inflação dólar itaú
taxa Selic. Foto: iStock inflação dólar itaú
Foto: Suno

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central volta a se reunir nos dias 10 e 11 de dezembro, e o Itaú projeta uma aceleração no ritmo de ajuste da taxa Selic. O banco espera que o comitê eleve a taxa básica de juros em 1 ponto percentual (p.p.), para 12,25% ao ano, após ter optado por um aumento de 0,5 p.p. na reunião anterior.

De acordo com o relatório do Itaú, as projeções de inflação do Copom devem sofrer ajustes relevantes no cenário de referência. A inflação projetada para 2024 deve subir para 4,8% (ante 4,6% na reunião de novembro) e para 4,6% em 2025 (ante 3,9%). No horizonte relevante, que inclui o segundo trimestre de 2026, a estimativa também deve ser elevada, passando de 3,6% para 4,1%.

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O cenário econômico atual tem se mostrado desafiador, diz o relatório. A taxa de câmbio atingiu máximas históricas, com uma depreciação significativa do real, descolada das moedas de outros mercados emergentes. Essa dinâmica impulsionou as expectativas de inflação, tanto nas métricas implícitas em ativos quanto na pesquisa Focus, onde as projeções para 2025 e 2026 apresentaram saltos marcantes.

Outro fator que influencia a decisão do Copom, segundo o Itaú, é o comportamento da economia e do mercado de trabalho. O Produto Interno Bruto (PIB) do terceiro trimestre veio acima do esperado, demonstrando maior dinamismo na atividade econômica. Além disso, a taxa de desemprego alcançou um novo mínimo histórico, confirmando um mercado de trabalho aquecido.

Esses fatores adicionam pressão inflacionária e exigem, segundo o Itaú, uma postura mais vigorosa da política monetária para conter os riscos de desancoragem das expectativas de inflação.

Diante desse contexto, o Itaú acredita que o Copom tomará uma decisão unânime de elevar a taxa Selic em 1 p.p., justificando a medida pela piora no balanço de riscos e no cenário base.

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Além disso, diz o relatório, o comitê deve sinalizar a possibilidade de um ajuste de mesma magnitude na próxima reunião e reforçar que a taxa de juros permanecerá em território contracionista pelo tempo necessário para assegurar a convergência da inflação à meta.

O banco também sugere que o cenário atual pode levar a um aumento da taxa terminal da Selic, atualmente projetada em 13,5% ao ano.

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