A cada 45 dias, o Copom (Comitê de Política Monetária) anuncia a variação da taxa Selic. Para a maioria das pessoas, a notícia passa batida, mas não deveria, pois não se trata de medida econômica-política, mas de completa relação com o seu dia-a-dia.
O que aconteceu na quarta-feira, 27, foi a subida pela sexta vez consecutiva da taxa. Passou de 6,25% para 7,75%. Isso é importantíssimo porque a Selic é a medida base para todas as taxas de juros - de empréstimos, financiamentos e aplicações.
Ou seja, o aumento da Selic significa que crescem os juros do cheque especial, cartão de crédito, poupança e crediário.
Uma vez que seu aumento diminui o poder de compra das pessoas (pois diminui o consumo, as compras a prazo), o governo consegue regular melhor a inflação, que está fugindo do controle.
Além disso, é uma manobra no momento em que outra condição de difícil entendimento ocorre - a tentativa de furar o teto de gastos. Mas falamos sobre isso em outro texto.