O rating de crédito da Petrobras seria pelo menos três graus mais baixo do que o atual, em território profundamente especulativo, se não fosse pela expectativa de que o governo brasileiro venha a resgatar a petroleira afetada por um escândalo de corrupção, em caso de necessidade, afirmou um analista sênior da Fitch Ratings nesta sexta-feira.
A avaliação da estatal está relacionada com o rating da dívida soberana do Brasil, disse Joe Bormann, em uma entrevista à Reuters.
A Fitch classifica o Brasil em BBB, com perspectiva estável.
A agência rebaixou a Petrobras para BBB-, de BBB, no início deste mês, deixando a nova classificação de crédito em observação negativa, o que significa que um outro corte é possível dentro de seis meses.
Outra agência de classificação de risco, a Moody's rebaixou na quarta-feira os ratings da Petrobras para grau especulativo por conta das investigações sobre corrupção e pressões de liquidez, colocando ainda mais peso sobre a estatal, que vive sua maior crise na história.
O rating da dívida em moeda estrangeira da Petrobras foi rebaixado em dois degraus, passando de Baa3, que é a última nota da escala da Moody's considerada grau de investimento, para Ba2. Além disso, a Moody's manteve a classificação da estatal em revisão para novo rebaixamento. Foi o segundo rebaixamento da Petrobras pela Moody's neste ano.
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