Fundada em 2019 e transformada em fintech em 2021, a Trampay se autointitula o banco dos entregadores de aplicativos. A plataforma 100% digital disponibiliza acesso facilitado ao crédito para profissionais que trabalham de forma autônoma. Em quatro anos de operação, o banco atingiu R$ 200 milhões transacionados em empréstimos, com inadimplência de 0%.
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Criado pelos empreendedores Jorge Júnior, Tiago Ribeiro, Vitor Quaresma e Isabela Ribeiro Fontes, o serviço prestado pela startup brasiliense é uma antecipação de pagamentos. Ou seja, a Trampay antecipa os recebíveis, possibilitando que o profissional receba no dia seguinte os ganhos referentes ao dia anterior.
"Existem quase 2 milhões de entregadores no Brasil, que trabalham de maneira informal e não têm acesso a crédito. Nossa solução principal é o adiantamento dos recebíveis (pagamentos) realizados nas plataformas digitais que seriam repassados apenas em uma semana ou quinzenalmente. Reduzimos isso para um dia", diz Jorge Júnior, CEO da Trampay.
As plataformas de entrega no Brasil costumam fazer pagamentos semanais. No Rappi, por exemplo, o entregador recebe toda terça-feira o dinheiro dos sete dias anteriores. No iFood, as entregas são contabilizadas de segunda a domingo, e o dinheiro cai às quartas. Na Trampay, o entregador pode receber o valor acumulado em qualquer dia da semana
Modelo de negócio
Ao abrir uma conta na Trampay, o profissional de entrega permite que a companhia tenha acesso à informação de seus ganhos diários, garantindo assim o acesso ao produto de adiantamento de recebíveis de forma segura e rápida. Atualmente, cerca de 80% dos usuários pedem antecipação.
A Trampay possui 20 mil usuários e é parceira de 21 empresas que são prestadoras de serviços para plataformas como iFood, Amazon e Mercado Livre.
"A principal solução oferecida pela Trampay é justamente o adiantamento de recebíveis, permitindo que esses profissionais recebam seus ganhos diários de forma antecipada, por meio de um empréstimo facilitado com taxas abaixo do mercado. Esse mecanismo combate a precariedade financeira imediata, proporcionando uma rotina mais estável e menos incerta", explica Jorge Júnior.
Um trabalhador que receberia apenas no 15º dia do mês, por exemplo, mas fez R$ 150 no dia 5, pode pedir esse valor no dia 6 para a Trampay. Em troca, a startup cobra uma taxa de R$6,99 pelo empréstimo.
O entregador paga a taxa no momento do adiantamento, sendo assim ele recebe dos R$ 150 solicitado, R$ 143,01. Com essas taxas a startup obteve um faturamento de cerca de R$ 4,5 milhões nos últimos 12 meses.
"Em um mercado volátil e desafiador, a Trampay não apenas fornece soluções imediatas, mas atua como um catalisador de transformação social, fortalecendo a resiliência e o crescimento futuro da Gig Economy", afirma Jorge Junior, em referência ao modelo de trabalho caracterizado pela prestação de serviços temporários por trabalhadores autônomos.
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