O JPMorgan Chase começou a implementar um produto de inteligência artificial generativa, e já avisa que sua versão do ChatGPT da OpenAI pode substituir analistas de investimento.
Segundo o jornal Financial Times, o megabanco norte-americano deu aos funcionários de sua divisão de gestão de ativos e patrimônio acesso a uma plataforma de modelo de linguagem chamada LLM Suites.
Os executivos informaram à equipe que o LLM Suite pode ajudar com redação, geração de ideias e resumo de documentos por meio do acesso a modelos de terceiros. “Pense no LLM Suite como um analista de pesquisa que pode oferecer informações, soluções e conselhos sobre um tópico”, afirma o memorando.
O banco desenvolveu uma plataforma LLM proprietária internamente porque seus funcionários não podem usar no trabalho chatbots de IA direcionados ao consumidor final (como Claude da Anthropic, GPT ou Gemini). As empresas de serviços financeiros operam sob regulamentações bem rígidas, para garantir que a segurança dos dados dos seus clientes.
O JPMorgan começou a introduzir o LLM Suite no início deste ano. Cerca de 50.000 funcionários, ou aproximadamente 15% do seu pessoal, agora têm acesso a ele, disse uma fonte ao FT. Essa implementação é um dos maiores casos de uso de IA em Wall Street.
O CEO do JPMorgan, Jamie Dimon, disse a investidores em maio que a IA “vai mudar todos os empregos. Pode eliminar alguns empregos. Parte disso pode criar empregos adicionais”, disse Dimon. “Mas você não pode imaginar um aplicativo, um banco de dados ou um emprego que a IA não irá ajudar, auxiliar ou beneficiar.”
Dimon não dá ponto sem nó nem joga dinheiro fora. Se está investindo nessa direção, deve ter boas razões. Já dá pra prevermos um futuro próximo em que você vai ter que escolher: antes de decidir como investir seu dinheiro, preferes ouvir um ser humano como você - ou um chatbot?
(*) Alex Winetzki é CEO da Woopi e diretor de P&D do Grupo Stefanini, de soluções digitais.