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Shell teme impactos de greve do Ibama em campo de Mero, no pré-sal de Santos

20 jun 2024 - 16h27

A Shell está preocupada com um movimento grevista em curso no órgão ambientel federal Ibama, que vem impactando processos de licenciamento ambiental de projetos no Brasil, disse o chefe da unidade local da empresa a jornalistas nesta quinta-feira.

Logo da Shell
12/07/2023
REUTERS/Chris Helgren
Logo da Shell 12/07/2023 REUTERS/Chris Helgren
Foto: Reuters

Cristiano Pinto da Costa disse durante um evento que até o momento a empresa não foi diretamente afetada pelo movimento, mas que, como sócia da Petrobras no campo de Mero, o terceiro maior produtor do país, no pré-sal da Bacia de Santos, está preocupado com as próximas licenças.

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Desde janeiro, o Ibama vem atrasando a emissão de licenças no Brasil como parte de uma disputa contínua com o governo sobre salários e condições de trabalho. Na semana passada, os trabalhadores da agência convocaram uma greve a partir do dia 24, que foi aprovada em pelo menos 14 Estados.

"A gente não tem um impacto direto no momento nesse número (de produção), mas obviamente a gente é sócio da Petrobras nos campos de Mero, e o campo de Mero tem alguns poços a serem interconectados aqui nos próximos meses e essa é uma coisa que preocupa a gente", disse Costa.

Mero, o terceiro maior campo produtor do Brasil, registrou em abril uma produção média de petróleo e gás de 220 mil barris de óleo equivalente por dia, segundo os dados mais recentes da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Cálculos do Instituto Brasileiro do Petróleo (IBP) apontaram nesta semana que os movimentos trabalhistas no Ibama e na reguladora ANP formam "tempestade perfeita" para o setor e calcula que o impacto de greve no órgão ambiental já atinge 80 mil barris por dia de petróleo na produção brasileira.

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