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Sindicatos mantêm posição e defendem veto do governo ao acordo entre Embraer e Boeing

13 jul 2018 - 14h04
(atualizado às 15h10)

Sindicatos de metalúrgicos da Embraer no Estado de São Paulo saíram de reunião com dirigentes da companhia cobrando do governo federal veto ao acordo da fabricante brasileira de aviões com a norte-americana Boeing.

Logomarca da Embraer em fábrica de São José dos Campos 7/02/2018. REUTERS/Paulo Whitaker -
Logomarca da Embraer em fábrica de São José dos Campos 7/02/2018. REUTERS/Paulo Whitaker -
Foto: Reuters

A reunião havia sido pedida pelas entidades sindicais antes do anúncio na semana passada de acordo para a venda da área de jatos comerciais da Embraer para a Boeing. Os sindicatos estimam que a companhia já demitiu este ano cerca de 300 trabalhadores em sua principal fábrica, em São José dos Campos (SP).

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"É evidente que esse acordo vai beneficiar exclusivamente a Boeing. Por isso, continuaremos a pressionar o governo federal para que vete a entrega da Embraer", afirmou em comunicado à imprensa Herbert Claros, diretor do sindicato dos metalúrgicos de São José dos Campos.

Na véspera, Dyogo Oliveira, presidente do BNDES, um dos maiores acionistas da Embraer, afirmou que a companhia "não vai valer muita coisa" em alguns anos se não fizer uma aliança com a Boeing.

Os sindicalistas cobraram na reunião com o presidente da Embraer, Paulo Cesar de Souza e Silva, garantia de emprego aos funcionários da companhia e ouviram uma recusa do executivo, segundo a entidade.

"O fato de o presidente da Embraer se recusar a garantir estabilidade no emprego para os trabalhadores é bastante preocupante. Vimos isso como um sinal claro de que os trabalhadores brasileiros estão de fato com seus empregos ameaçados", disse Claros.

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Procurada, a Embraer disse que não comenta declarações de sindicato, mas afirmou que "vem mantendo estável o volume de empregos no Brasil. A movimentação de pessoas nos últimos meses está dentro da rotatividade (turnover) natural da empresa".

As ações da Embraer recuavam 4,94 por cento às 15h01, enquanto o Ibovespa tinha valorização de 0,75 por cento.

Na terça-feira, a companhia aérea norte-americana JetBlue, uma das principais clientes da Embraer no mundo, anunciou que decidiu trocar sua frota de aviões da fabricante brasileira por modelo produzido pela parceria Airbus-Bombardier..

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