Rayssa Leal, Kelvin Hoefler e Pedro Barros chegam a Paris-2024 para a sua segunda aparição em Jogos Olímpicos, após a estreia em Tóquio-2020. A performance do trio, que conquistou três medalhas de prata na última Olimpíada, fez as vendas digitais de skates aumentarem no Brasil, segundo levantamento da Neotrust.
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Em parceria com mais de 5 mil e-commerces brasileiros, o levantamento feito pela empresa de soluções de inteligência para o varejo online, mostra que houve um aumento de 58% no faturamento de skates no comércio digital nas duas semanas após as provas, que ocorreram em 2021 por causa da pandemia de Covid-19. Na época com 13 anos de idade, Rayssa Leal havia se tornado a medalhista mais jovem da história brasileira a participar dos Jogos Olímpicos.
No total, o período de duas semanas antes das Olimpíadas de 2020 (9 a 22 de julho de 2021) registrou venda de cerca de R$ 159 milhões no varejo online brasileiro. Durante os Jogos (23 de julho a 8 de agosto), foram R$ 211,2 milhões. Nas duas semanas seguintes (9 a 22 de agosto), R$ 160,1 milhões. O total geral dos três períodos, portanto, foi de R$ 530,3 milhões.
Em relação ao perfil dos consumidores, houve aumento significativo na participação das mulheres, que representaram 61% dos compradores de skates. Outro dado relevante foi o aumento no número de consumidores de até 20 anos, que quadruplicou entre os períodos antes e depois do evento.
Além dos skates, outros produtos relacionados ao esporte registraram aumento nas vendas, como roupas, tênis e acessórios específicos para skatistas.
"O desempenho desses atletas despertou o interesse da população, especialmente entre as crianças, levando a um aumento nos pedidos de skates", afirma Jean-François Laloux, consultor da Neotrust.
Além de Rayssa Leal, Kelvin Hoefler e Pedro Barros, representarão o Brasil nos Jogos de Paris: Dora Varella, Gabriela Mazetto, Isadora Pacheco, Pâmela Rosa, Raicca Ventura, Augusto Akio, Felipe Gustavo, Giovanni Vianna e Luigi Cini. Os atletas disputarão nas modalidades Street e Park.
Outras modalidades
Além do comércio de skates, itens esportivos de surfe e ginástica também aumentaram as saídas com as Olimpíadas. Os itens com maior crescimento nas vendas, no comparativo antes x depois dos Jogos Olímpiicos de Tóquio, foram os de balé, jazz e danças (183,3%), handebol (122,7%), tiro esportivo e air soft (109,2%), e artigos de praia e piscina (88,1%).
Artigos de tênis, squash e badminton também foram bem naquele período de 2021. No período pré-olímpico, o setor vendeu R$ 1 milhão em produtos. Já nas duas semanas pós-Jogos, foram comercializados R$ 1,2 milhão, um aumento de 17,8%. O perfil desse público era majoritariamente masculino (cerca de 66%), com idade entre 35 e 44 anos (35,5%).