O número de brasileiros em situação de inadimplência tem aumentado no País, conforme apontado em uma pesquisa recente realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil).
O estudo revelou que o cartão de crédito é a principal causa da inadimplência, respondendo por 31% das dívidas em atraso. Além disso, outros fatores que contribuem para o endividamento incluem crédito em bancos ou financeiras (26%), crediário (21%), cheque especial (15%) e telefone (11%).
Diante desse cenário, o empréstimo pessoal tem ganhado popularidade, tornando-se mais acessível nos últimos anos, com a possibilidade de solicitação em poucos minutos, de forma totalmente online. No entanto, é crucial que haja um planejamento adequado ao recorrer ao crédito.
“Muitas vezes, as pessoas acabam contraindo um empréstimo sem traçar com antecedência qual será o destino desse dinheiro. É importante ser consciente, não pedir crédito por impulso e planejar como ele será aplicado, antes de fazer a solicitação", alerta Túlio Matos, sócio fundador da fintech iCred.
Segundo o especialista, independentemente da finalidade do dinheiro - seja para pagar uma reforma, despesas educacionais, viagens ou emergências inesperadas -, é fundamental ter certeza de que será possível pagar as parcelas a longo prazo, mantendo ainda uma reserva para imprevistos.
"Primeiramente, a pessoa deve avaliar se tem como pagar as parcelas e os juros. Em segundo lugar, é importante não comprometer toda a renda disponível nesse parcelamento, garantindo que sobre algo para uma reserva de segurança".
"Por isso, é fundamental conhecer as próprias contas e seguir um planejamento, para não aumentar o endividamento, em vez de saná-lo", ressalta Matos.
Prioridades
Outra dica é criar e manter uma lista de prioridades para as contas a serem quitadas e para os novos planos, proporcionando uma visão abrangente e facilitando a aplicação inteligente do dinheiro.
"Devo pagar o carro ou reformar a casa? Quitar contas antigas ou fazer novos investimentos? É provável que existam diversas vontades, mas é fundamental analisar o que é mais urgente e importante para a família, levando em conta, principalmente, a saúde financeira", explica o especialista.