A SouthRock Capital, empresa que controla as operações do Subway no Brasil, incluiu a rede de fast-food em seu pedido de recuperação judicial. Além das dívidas acumuladas, calculadas em R$ 482 milhões, a matriz global da rede suspendeu a atividade do Subway no Brasil. Há também "outras circunstâncias" não citadas pela SouthRock.
"Um pequeno grupo de credores entendeu por bem interromper as produtivas e amigáveis negociações e conversas que até então vinham sendo mantidas", notificou a SouthRock, no pedido protocolado na 1ª Vara de Falências de São Paulo. O "grupo de credores", que incluía a detendora dos direitos globais da marca, passou perseguir "de maneira forçada e unilateral a imediata satisfação de seus créditos".
"Tal repentina mudança de postura fez com que a proprietária da marca norte-americana Subway notificasse as requerentes [grupo SouthRock] a respeito da rescisão do denominado 'Forbearance Agreement' [Acordo de Tolerância], fazendo cessar, a partir daí, importante fonte de receitas", completou o documento.
SouthRock Capital e falências
Não é o primeiro rodeio da SouthRock em tribunais de falências. No fim do ano passado, a empresa entrou com um pedido de recuperação judicial de outra franquia em seu controle, a Starbucks, rede de drinks cafeinados. Nesta ocasião, a dívida chegava a R$ 1,8 bilhão.
Segundo a SouthRock, a volatilidade do mercado brasileiro e a variação das taxas de juros e cambiais contribuíram para o déficit bilionário. Com isso, quase 40 lojas no Brasil já fecharam as portas.
Uma terceira empresa presente no guarda-chuva da SouthRock, o restaurante TGI Fridays, com cardápio similar ao Outback, também estava inclusa no pedido protocolado à Justiça.