O S&P 500 e o Nasdaq avançaram nesta quinta-feira, marcando a sexta sessão consecutiva de fechamentos recordes, com ações de fabricantes de chips disparando após a forte previsão financeira da Qualcomm, enquanto investidores digeriam a decisão do Federal Reserve de começar a reduzir suas compras mensais de títulos.
O Dow Jones recuou de uma máxima histórica de fechamento registrada na quarta-feira, interrompendo série de quatro pregões consecutivos de recordes. Quedas nas ações dos bancos JPMorgan e Goldman Sachs pesaram no índice.
O setor financeiro caiu 1,3% com a queda dos rendimentos dos Treasuries, conforme o mercado se desfazia das expectativas de aumentos mais rápidos dos juros pelo Fed um dia depois que o banco central dos EUA sinalizou que não tinha pressa em fazê-lo.
"O lado do mercado que aposta em ações de crescimento está vendo resultados mais positivos hoje, pois estão se beneficiando dos rendimentos em queda que estão se desenvolvendo", disse Matthew Miskin, co-chefe de estratégia de investimentos da John Hancock Investment Management.
"O mercado vinha se posicionando para rendimentos mais altos em geral, dado o anúncio do Fed de redução de estímulos. Quando entramos hoje, houve uma reversão nisso."
O S&P 500 fechou com alta de 0,42%, em 4.680,06 pontos, enquanto o Nasdaq Composite avançou 0,81%, a 15.940,31 pontos. O Dow Jones teve variação negativa de 0,09%, a 36.124,23 pontos.
Entre os setores do S&P 500, tecnologia e consumo não-essencial lideraram, ambos com alta de cerca de 1,5%.
As ações da Qualcomm saltaram 12,7% depois que a empresa previu lucros e receitas melhores do que o esperado para o atual trimestre com o aumento da demanda por chips usados em telefones, carros e outros dispositivos conectados à Internet.
O índice Philadelphia SE Semiconductor subiu 3,5%, com Nvidia disparando 12%.
Os resultados corporativos do terceiro trimestre melhores do que o esperado favoreceram o mercado acionário. Com cerca de 420 empresas já tendo divulgado seus balanços, os lucros do S&P 500 devem subir 41,2% no terceiro trimestre em relação ao ano anterior, de acordo com o Refinitiv IBES.
"A história dos lucros corporativos permanece bastante positiva", disse Craig Fehr, estrategista de investimentos da Edward Jones.