O ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ) Rogerio Schietti Cruz autorizou nesta sexta-feira a participação dos empresários Joesley e Wesley Batista em reuniões da diretoria e dos demais órgãos administrativos das empresas do grupo J&F, mas sem direito a voto.
"Sem embargo, não identifico risco concreto em autorizar apenas a participação, sem direito a voto, do recorrente nas reuniões da diretoria e demais órgãos administrativos das empresas investigadas", disse o ministro do STJ.
A principal empresa do grupo J&F é a maior processadora de carne do mundo, a JBS. A empresa também controla o Banco Original.
"Continua a viger a proibição de exercer cargo ou função na administração das empresas do grupo J&F, e de operar no mercado de câmbio ou de valores mobiliários, mas não há vedação a que, no propósito de oferecer subsídios, pelo conhecimento e longa experiência que possuem das empresas, participem das reuniões dos seus órgãos colegiados, sem direito a votar eventuais deliberações", completou.
O magistrado, entretanto, manteve a proibição dos dois exercerem cargos de administração nas empresas investigadas em desdobramentos da Operação Lava Jato e de realizarem operações de câmbio e de valores mobiliários.
O ministro do STJ tomou a decisão na análise de um recurso apresentado pela defesa de Joesley Batista e, ao avaliar o caso, ampliou os efeitos dela para o irmão Wesley Batista.