Um dia após a assinatura do ato que cria o Novo Banco de Desenvolvimento para financiamento de obras de infraestrutura e de desenvolvimento social, os países sul-americanos já demonstram interesse em possibilidade futura de empréstimos. Nesta terça-feira, o bloco emergente formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul (Brics) se reúnem com líderes de países sul-americanos.
Em reunião de trabalho de nível presidencial, os líderes dos países vizinhos apoiaram a ideia de uma nova instituição multilateral para financiamento de grandes projetos. O Novo Banco de Desenvolvimento surge como alternativa ao Banco Mundial, por exemplo.
Para começar a operar, o acordo que cria o banco ainda tem de passar pelo crivo do parlamento de cada país-membro do Brics. Depois de instalada, a instituição ainda priorizará projetos dos sócios e, só então, estenderá os financiamentos a projetos de outros países. O capital subscrito inicial da instituição o é de US$ 50 bilhões.
Os sul-americanos também demonstraram apoio a iniciativa do Brics em criar um arranjo contingente de reservas (CRA, na sigla em inglês), que funciona como um tipo se seguro anticrise em caso de problemas de balanço de pagamento dos países-membro. O CRA não poderá ser usado para dívidas soberanas de outros países, mas, na avaliação dos países em desenvolvimento, o fato de os emergentes terem uma segurança econômica maior, pode fazer com que a economia internacional se mantenha mais estável.