A companhia aérea TAM, do grupo Latam, está em negociações avançadas com fabricantes, incluindo a brasileira Embraer, para adquirir jatos regionais de nova geração com entrega a partir de 2018. Devem ser feitas 18 encomendas firmes e 12 opções de aviões com entre 75 e 110 assentos. A companhia negocia no momento condições de preço e financiamento e deve chegar a uma conclusão até o fim do primeiro trimestre de 2015, disse o presidente da TAM SA, Marco Antonio Bologna.
Segundo Bologna, um dos benefícios de fechar o negócio com a Embraer seria a possibilidade de financiamento do BNDES. Um modelo específico de aeronave ainda não foi definido, mas a ideia é adquirir jatos de nova geração e não aviões turboélice.
Os novos jatos devem atender a faixa de 4 a 6 destinos regionais que a companhia pretende atender por ano a partir de 2015. "Já operamos o Airbus 319 e consideramos operações interinas para agregar alguns aviões regionais para integrar a frota até 2018", disse Bologna. Excluindo as negociações em curso, a TAM disse que pretende investir 11 bilhões de reais em frota até 2018, com encomendas de mais de 50 aeronaves.
Apesar de ter anunciado as negociações um dia depois da aprovação do plano do governo federal para o desenvolvimento da aviação regional no Congresso, a TAM disse que a aquisição das aeronaves é independente da regulamentação do plano e que não coloca em suas fórmulas de estudo de negócios as receitas que teria com os subsídios do governo federal às rotas regionais.
"O subsídio se encerra em cinco anos, sem garantia de renovação, e um avião tem uma vida útil de doze", disse Bologna, acrescentando que o mais importante para a empresa é a demanda de passageiros nos destinos regionais e não o subsídio.
Nesse sentido, a intenção da TAM de investir em novas rotas e frota é se beneficiar do potencial de crescimento de cidades menores e expandir a cobertura. Dos 42 aeroportos hoje atendidos pela TAM, nove são regionais.
A companhia disse ainda que deve fazer uma realocação de rotas com superoferta de voos para as subofertadas, mantendo a capacidade do mercado doméstico estável no ano que vem.