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'Também estou preocupado com a trajetória da dívida pública', diz Fernando Haddad

Pacote de corte de gastos apresentado pelo governo foi considerado insuficiente pelo mercado para reequilibras as contas, o que levou o dólar para a casa dos R$ 6

17 jan 2025 - 16h04
(atualizado às 16h13)
'Nós temos que ter preocupação com a trajetória da dívida. Isso é uma preocupação do Ministério da Fazenda', diz Haddad.
'Nós temos que ter preocupação com a trajetória da dívida. Isso é uma preocupação do Ministério da Fazenda', diz Haddad.
Foto: Wilton Junior/Estadão / Estadão

BRASÍLIA - O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, admitiu nesta sexta-feira, 17, estar preocupado com a trajetória da dívida pública no Brasil. Ele, no entanto, ponderou, por outro lado, que as projeções feitas de crescimento do País nem sempre se concretizam. A declaração foi dada em entrevista à CNN nesta sexta-feira, 17.

"Eu também estou preocupado. Nós temos que ter preocupação com a trajetória da dívida. Isso é uma preocupação do Ministério da Fazenda. Agora, eu tenho que fazer também algumas considerações sobre as projeções que são feitas e nem sempre se verificam", disse ele, ao emendar que o Rio Grande do Sul está se recuperando das tragédias das chuvas registradas no ano passado graças à ajuda do governo federal.

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"Fizemos um pacto federativo, nem sempre, vamos dizer assim, reconhecido por razões políticas, que eu entendo. Tem pessoas que são mais da direita, mais de centro. Natural a disputa política. Não era assim no passado", disse.

O pacote de contenção de gastos apresentado pelo governo e aprovado pelo Congresso no final do ano passado foi considerado pelo mercado como insuficiente para reequilibrar as contas públicas. A incerteza quanto à sustentabilidade da dívida jogou o dólar para a casa dos R$ 6 e levou a uma forte piora das expectativas de inflação, o que obrigou o Banco Central a anunciar que a taxa básica de juros (Selic) chegará a 14,25% ao ano já na reunião do Copom de março.

Lula assumiu com a dívida em 71,3% do PIB e o número subiu para 77,7% em novembro do ano passado - um aumento de seis pontos em menos de dois anos de mandato.

"Projetamos dívida bruta do governo geral de 76% do PIB, em 2024, e de quase 83% do PIB ao término do atual governo (2026). Continuará subindo daí em diante, mas num ritmo menos pronunciado, até alcançar 96% do PIB, em 2034?, diz relatório da Warren Rena.

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