O Brasil registrou taxa média de desemprego de 6,8% no segundo trimestre de 2014, mostrou a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quinta-feira.
A taxa ficou abaixo da vista nos três primeiros meses de 2014, quando havia ficado em 7,1%. No segundo trimestre de 2013, a taxa havia sido de 7,4%.
Pelas regiões, a taxa mais alta de desocupação no segundo trimestre ocorreu no Nordeste, com 8,8%, enquanto a menor foi registrada no Sul, com 4,1%. A taxa na região Norte foi de 7,2%, no Sudeste ficou em 6,9% e no Centro-Oeste em 5,6%.
Segundo o IBGE, o nível de ocupação nacional no período foi de 56,9%, pouco acima dos 56,7% do primeiro trimestre, mas no mesmo patamar de um ano atrás.
No segundo trimestre, a população ocupada alcançou 92,052 milhões de pessoas, sendo 70,2% de empregados, 4,1% de empregadores, 22,9% de pessoas que trabalham por conta própria e 2,9% de trabalhadores familiares auxiliares.
Já o número de desocupados chegou a 6,767 milhões de pessoas.
Apesar de ainda robusto, o mercado de trabalho vem perdendo força em meio ao cenário de inflação e juros elevados.
No semestre passado, o País entrou em recessão técnica e a inflação acumulada em 12 meses continua acima do teto da meta - de 4,5%, com margem de dois pontos percentuais para mais ou menos.
A Pnad Contínua tem maior abrangência nacional que a Pesquisa Mensal de Emprego (PME) e tem divulgação trimestral. A ideia é que substitua a PME, que leva em consideração dados apurados em apenas seis regiões metropolitanas do País.
O dado mais recente da PME mostra que a taxa de desemprego no Brasil recuou a 4,9% em setembro, mínima para esses meses, devido à menor procura por vagas.
Pelos dados do Caged, do Ministério do Trabalho, no acumulado do ano até setembro, a geração de emprego com carteira assinada somou 730.124 vagas, quase 30% a menos do que a abertura de 1,038 milhão de vagas em igual período de 2013, em dados não ajustados.