A taxa média de juros para pessoas físicas com recursos livres alcançou 43,4% ao ano em dezembro de 2014. A taxa, que vinha batendo recordes, caiu 0,7 ponto percentual em relação a novembro, quando estava em 44,1%. Mas acumula crescimento de 5,4 pontos percentuais no fechamento do ano. O destaque nos juros para pessoas físicas são as taxas do cheque especial, que atingiram 200,6% ao ano.
O patamar alcançado em dezembro é o mais alto desde fevereiro de 1999, quando estavam em 204,3%. Os juros da modalidade registraram crescimento de nove pontos percentuais em relação a novembro do ano passado e 52,7 pontos percentuais em doze meses. Os dados foram divulgados nesta terça-feira pelo Banco Central (BC).
O saldo das operações com cheque especial fechou 2014 em R$ 20,996 bilhões, com queda de 5,8% na comparação com novembro e alta de 3,8% em 12 meses. De acordo com o chefe do Departamento Econômico do Banco Central, o recuo registrado em dezembro é natural. “As pessoas recebem o 13° e utilizam esses recursos para sair do cheque especial. Isso faz com que o saldo recue no final do ano”, destacou.
Os juros de outra modalidade, o crédito consignado, atingiram 25,9% no fim de 2014, com alta de 0,2 ponto percentual na comparação com novembro e de 1,5 ponto percentual em 12 meses. O saldo das operações de crédito consignado chegou a R$ 354.194 milhões em dezembro, com crescimento de 0,9% ante novembro e 13,6% no ano.