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Tebet cita previdência militar e diz que equipe econômica vai apresentar 'cardápio' para revisão de gastos

A ministra do Planejamento falou sobre a situação de Haddad no governo após uma semana turbulenta

14 jun 2024 - 08h56
(atualizado às 09h07)
A ministra do Planejamento, Simone Tebet
A ministra do Planejamento, Simone Tebet
Foto: Edu Andrade/Ascom MF

Um dos nomes mais relevantes durante o noticiário econômico desta semana, a ministra do Planejamento, Simone Tebet, reforçou o compromisso do governo em reduzir gastos. Ela, que está em constantes entrevistas com Fernando Haddad, ministro da Fazenda, disse que a equipe econômica quer apresentar um "cardápio" para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) com opções para o corte de gastos. Dentre esse menu, a ministra mencionou a possibilidade de se alterar a previdência militar. As falas foram ditas em entrevista ao jornal O Globo.

"Nós vamos mostrar para o presidente que é possível cortar gastos de privilégios. Não estou dizendo que vamos conseguir avançar com os supersalários, mas tem que estar na mesa. Uma legislação previdenciária que, ainda que de forma gradual, atinja os militares. Eu vou colocar tudo na mesa. Eu tenho coragem para colocar tudo. Até porque o próprio Tribunal de Contas da União fez um alerta em relação à previdência dos militares. O meu otimismo é porque tem um leque de possibilidades", disse Tebet.

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Segundo a ministra, a turbulência desta última semana não afetou a popularidade de Haddad para com Lula. Ela afirmou que, para o presidente, "a única coisa que deu quase que 100% certo no ano de 2023 foi a pauta econômica do governo".

Para contornar a pressão por diminuição de gastos, Tebet disse que as reuniões antes semanais da equipe econômica agora passarão a ser diárias, ocupando duas horas de sua rotina.

A ministra afirmou ainda que Lula não tem como falar com precisão sobre as estratégicas da equipe econômica porque "nem ele sabe o trabalho que nós estamos fazendo". Segundo Tebet, o presidente foca mais na questão social, enquanto deixa a equipe econômica livre para tocar seu trabalho.

Sobre os desacertos do governo com o presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, pela defesa da queda na taxa Selic, Tebet defendeu a autonomia da instituição reguladora financeira e deu uma leve alfinetada em Campos Neto. Para Tebet, ele precisa agir como presidente do BC até o fim do ano "independentemente de ter quaisquer pretensões políticas futuras ou mesmo imediatas".

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O presidente do BC se encontrou com Tarcísio de Freitas no início da semana. Sobre este encontro, Tebet afirmou que não acredita na necessidade de "interditar nenhum ambiente para autoridades públicas no Brasil". "Mas é a forma como a gente se comporta, aquilo que a gente externaliza que é levado em conta", disse.

Fonte: Redação Terra
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