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Telefônica Brasil atinge lucro líquido de R$ 7,4 bi no ano

Com crescimento de planos pós-pagos e da rede de fibra, companhia teve ganho de R$ 3,2 bilhões no terceiro trimestre de 2018

30 out 2018 - 14h01
(atualizado às 14h54)

Consolidada na liderança no mercado móvel brasileiro, a Telefônica Brasil segue expandindo seus negócios e aumentando investimentos no País. Em balanço financeiro e operacional divulgado nesta terça-feira (30), a empresa mostra que atingiu um lucro líquido de R$ 3,2 bilhões no terceiro trimestre de 2018, acumulando um total de R$ 7,4 bilhões no ano. Segundo o CEO da Vivo, Eduardo Navarro, essa expansão é fruto da estratégia de investir em planos pós-pagos e em rede de fibra (FTTH).

“Tivemos quase 1 milhão de novos clientes pós-pagos, o que fez o segmento chegar a 53% da base móvel total. No acumulado do ano, o crescimento é 16% maior que o mesmo período de 2017”, afirmou Navarro.

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Fachada da empresa de telefonia Vivo na avenida Chucri Zaidan, zona sul de São Paulo
Fachada da empresa de telefonia Vivo na avenida Chucri Zaidan, zona sul de São Paulo
Foto: ITACI BATISTA / Estadão Conteúdo

O lucro total (EBITDA recorrente) da Telefônica Brasil no trimestre chegou a R$ 3,9 bilhões, um aumento de 5,3% no comparativo anual. Esse cálculo considera o lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização.

O CEO destacou que o lucro líquido, de R$ 3,2 bilhões, apresentou alta de 159,9% quando comparado ao mesmo período do ano passado. Além do aumento do EBITDA, esta taxa também é resultado de efeitos não recorrentes do trimestre, relacionados à decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) relativa ao pagamento de PIS e COFINS sobre o ICMS relativo às operações da Vivo entre 2004 e 2013. Porém, mesmo excluindo os efeitos não recorrentes, o lucro líquido teve expressivo crescimento de 56,6% no trimestre.

Apesar da queda do faturamento com telefonia fixa e pré-pago, não há impacto negativo para a empresa justamente devido à expansão do pós-pago e da fibra, que representam uma fatia cada vez maior do negócio. Segundo ele, 70% da receita cresce 10% ao ano.

“Essa alta foi possível graças a aceleração do investimento em tecnologias. Aceleramos investimentos em 4G e 4G+ nos primeiros meses do ano. E na fibra vamos terminar o ano com 25 novas cidades. Isso representa mais dois milhões de clientes com fibra”, disse Navarro, ressaltando que a digitalização permite um crescimento sustentável. A receita de FTTH (fibra) cresceu 48,2% no trimestre, batendo recorde com quase 170 mil novos clientes.

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O vice-presidente Executivo da companhia, Christian Gebara, lembrou que as turbulências econômicas do País emperram o aumento de pacotes pré-pago. “A economia e o desemprego fazem uma pressão grande na receita de pré-pago”, disse. Mesmo nesse cenário, ele ressaltou a liderança da Vivo no mercado. “Comercialmente, vemos que nossos clientes querem continuar e os de outros operadoras estão vindo pra Vivo. Isso faz com que nosso preço médio não seja tão alto quanto antes”.

Novo governo

De acordo com as estimativas da companhia, o crescimento para 2018 será de aproximadamente R$ 8,5 bilhões. A expectativa é que o lucro chegue a R$ 9 bilhões, tanto em 2019 como em 2020.

Com relação ao novo governo, com a eleição de Jair Bolsonaro à Presidência da República, Eduardo Navarro se disse otimista. “A expectativa é de um ajuste nas contas, com o déficit fiscal sendo equacionado. A Reforma da Previdência será importante para isso, além da simplificação da carga tributária”.

Para o setor de telecomunicações, o CEO acredita que alguns temas precisam ser olhados com atenção: o Projeto de Lei nº 79/2016, que permite a adaptação da modalidade de outorga de serviço de telecomunicações de concessão para autorização, e o desbloqueio dos fundos setoriais. “São agendas que pedimos há um tempo. Esperamos que agora essas medidas sejam aprovadas para desburocratização da regulamentação do setor”.

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Fonte: Redação Terra
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