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Temer fala com economistas para avaliar cenário, diz Jucá

24 abr 2016 - 12h17
(atualizado às 12h18)

Após participar no sábado (23) de reunião, no Palácio do Jaburu, entre o vice-presidente Michel Temer, o economista Henrique Meirelles (ex-presidente do Banco Central) e o ex-ministro das Cidades Gilberto Kassab, o senador Romero Jucá (RR), presidente em exercício do PMDB, disse que Temer vem se reunindo com diversas personalidades para se inteirar da situação econômica do país e ter uma avaliação das várias visões sobre o momento econômico.

Foto: Agência Brasil

Jucá disse que Meirelles fez um quadro que entende ser o quadro atual, e analisou que perspectivas pode ter o país. "Foi uma conversa produtiva, construtiva. Meirelles falou da experiência dele no Banco Central e da visão dele do mercado financeiro. O vice-presidente indagou bastante, perguntou sobre a atual conjuntura. Foi uma conversa assim como outras das quais participei, com o ex-ministro Delfim Netto e outros economistas, para se ter uma avaliação e um quadro com visões distintas”, disse o senador.

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Segundo Romero Jucá, essas conversas são importantes para que o vice-presidente possa construir um posicionamento, “para que se o Senado Federal tomar a posição de afastamento [da presidenta Dilma Rousseff], Michel Temer precisa estar pronto para responder rapidamente ao país”. De acordo com o senador, todas essas conversas estão acontecendo, mas "respeitando e na expectativa do que fará o Senado".

Perguntado se Meirelles seria ministro da Fazenda em um futuro governo Temer, Jucá disse que não há nenhum ministro convidado e não há nenhum ministro definido. “O que o vice-presidente está fazendo é conversando com diversos técnicos, diversos políticos, avaliando diversos setores, ouvindo a conjuntura para tomar a decisão na hora acertada. Definição só depois do pronunciamento do Senado”, disse.

Um dos principais interlocutores do vice-presidente, Romero Jucá negou que esteja havendo distanciamento do PSDB em relação a um futuro governo Temer. “O que há é uma discussão interna do PSDB, se ocupará cargo ou não. Essa é uma discussão que cabe ao PSDB. O importante para a coalização, para a mudança do país, é a participação do PSDB no agrupamento político, na base parlamentar que vai votar mudanças estruturais para o país e, nisso, o PSDB está engajado, está participando, discutindo a todo o momento todos os procedimentos. Portanto, quanto à questão interna do partido, caberá a eles decidirem se, em tese, terão algum tipo de ocupação ou não [no governo]”, disse Jucá.

O senador informou que vem conversando com os partidos, discutindo uma coalizão, um bloco político parlamentar para recuperar o país e, nisso, os partidos estão engajados. “Estamos discutindo um futuro governo se houver a decisão do Senado de afastar a presidente Dilma, e vamos aguardar com toda tranquilidade e toda consciência”. Jucá negou que Temer esteja oferecendo cargo a alguém. “[Ele] não está oferecendo, nem entregando nada, nem nomeando ninguém. Ele não tem o Diário Oficial, quem tem é o atual governo, que nomeou muita gente tentando não passar o impeachment na Câmara”.

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Sobre as manifestações contrárias a Michel Temer, que vêm ocorrendo – entre elas a da tarde de hoje em frente ao Palácio do Jaburu, quando eles estavam reunidos –, Romero Jucá disse que as manifestações fazem parte da democracia, contra ou a favor. “Temer é um político experimentado. Se alguém quer protestar, faz parte do jogo”, concluiu.

Agência Brasil
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