As manchetes, que antes noticiavam uma alta procura por mão de obra na área de Tecnologia da Informação, antes escassa, parecem ter se invertido. Desde o final do ano passado estamos vendo as big techs, gigantes de tecnologia, que vem desligando muitos colaboradores de suas equipes, em consequência a um crescimento desenfreado que vinha acontecendo desde o começo da pandemia.
De novembro de 2022 até agora já foram mais de 70 mil pessoas demitidas de companhias como Amazon, Microsoft, Google, Twitter ― sem contar layoff nas startups brasileiras, que beiram 4 mil demissões só em 2022.
O que mudou desde a pandemia
O que se viu foi um cenário extremamente favorável para empresas de tecnologia durante a pandemia. Muitas companhias, de diversos segmentos, precisaram digitalizar suas operações, entrar no mundo digital, desenvolver soluções tecnológicas que pudessem manter as coisas funcionando ao mesmo tempo que respeitassem protocolos de segurança.
Houve o nascimento, praticamente, do trabalho remoto, aquisição de computadores pessoais, notebooks, smartphones para colaboradores, além de todo o cuidado e desenvolvimento de melhores proteções para as redes corporativas e domésticas. TI em plena expansão.
Com a poeira baixando, as grandes empresas de tech justificam as baixas como sendo um ajuste nas empresas, que incharam durante a pandemia e agora precisam focar na saúde financeira dos negócios. A Microsoft, por exemplo, anunciou o layoff de 5% de sua equipe, mas apesar disso deve continuar contratando em outras áreas-chave da empresa.
Ou seja: ao contrário do que houve em outros setores nos últimos anos, o que vemos agora não é exatamente uma crise, mas um ajuste necessário em negócios que agora voltam a ter um ritmo mais contido de crescimento e maior foco em contenção de despesas.
A solução é investir em terceirização
Para evitar os gastos com contratações e demissões, o ideal é ter à disposição da empresa um time especializado que possa trabalhar em projetos específicos e personalizados de forma temporária. Afinal, o desenvolvimento/melhoria em produtos e soluções inovadoras não pode parar.
E é preciso entender que há uma diferença entre inovação e TI: enquanto a primeira, que passa por layoffs, está focada em produtos e serviços diferenciados, a segunda diz respeito ao desenvolvimento puro, projetos que envolvem o que está por trás dessa oferta ao público. Nessa segunda área, o aquecimento segue acontecendo, especialmente no âmbito da terceirização.
Uma pesquisa da plataforma Turing, em parceria com a consultoria global Zinnov, mostrou que o mercado de terceirização deve crescer 13% nos próximos dez anos, chegando a cerca de US$ 216 bilhões em 2032. A pesquisa também apontou o uso da terceirização por cerca de 50% das companhias, para a busca de talentos digitais.
A contratação de uma equipe terceirizada pode evitar esse desgaste com admissões e possíveis demissões em massa, além de garantir a entrega dos projetos no prazo estipulado.
Quando o foco da empresa é em áreas chave específicas, o melhor custo benefício é a busca por uma equipe que tenha disponibilidade, base de conhecimento e entregue alta performance nas habilidades contratadas.
Assim é possível reduzir os custos e a burocracia das contratações de profissionais ― e com as possíveis demissões ― além de reduzir a infraestrutura interna da empresa, já que os profissionais ficam alocados somente durante a execução do projeto ou trabalhando de forma remota.
Com profissionais de diferentes áreas capacitados para atuar em diversos segmentos, como análise de sistemas, programação, gerenciamento de projetos e outros, o gestor garante o melhor custo benefício para o seu negócio. E os benefícios se estendem ao profissional de TI também, que não fica “preso” a um único projeto ou empresa.
(*) Milton Felipe Helfenstein é diretor comercial da Envolti.