A secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, disse que o governo atingirá seu limite legal de empréstimos na próxima terça-feira e que começará a empregar "medidas extraordinárias" para evitar a violação deste nível e o risco de possível calote.
Em carta enviada nesta sexta-feira a líderes do Congresso norte-americano, Yellen disse que o Tesouro dos EUA começará a usar medidas extraordinárias em 21 de janeiro.
"O período de tempo que as medidas extraordinárias podem durar está sujeito a incertezas consideráveis, incluindo os desafios de prever os pagamentos e recebimentos do governo dos EUA meses no futuro", disse Yellen na carta, apenas três dias antes de o governo Biden passar o controle para o presidente eleito Donald Trump e sua equipe.
Yellen afirmou ainda que o Tesouro dos EUA suspenderá os investimentos em dois fundos de benefícios para funcionários públicos até 14 de março, para recuperar a capacidade de empréstimo sob o teto da dívida, de 36,1 trilhões de dólares. Na quinta-feira, o Tesouro dos EUA informou empréstimos de 36,08 trilhões de dólares.
A medida suspenderá novos investimentos que não sejam imediatamente necessários para pagar os benefícios do Fundo de Aposentadoria e Invalidez do Serviço Civil e do Fundo de Benefícios de Saúde para Aposentados do Serviço Postal. Quando o limite da dívida for elevado ou suspenso, os fundos deverão ser pagos.
Yellen disse que havia uma "incerteza considerável" sobre quanto tempo as medidas durariam e pediu ao Congresso que aumente ou suspenda o limite da dívida "para proteger a plena fé e o crédito dos Estados Unidos".