Uma torre de transmissão de energia foi alvo de sabotagem na tarde de quinta-feira, 12, em São Paulo. É a quarta ocorrência envolvendo um equipamento do tipo, mas autoridades ainda apuram as circunstâncias dos casos.
Em nota ao Terra, a empresa Taesa, responsável pela torre, afirmou que foi identificada "uma tentativa de ato de sabotagem contra bem público" na linha Assis-Sumaré, na cidade de Rio das Pedras. Uma equipe foi enviada ao local para repor peças de sustentação que haviam sido retiradas.
"Embora tenha ocorrido a tentativa de derrubada da torre, os danos provocados não resultaram em interrupção da prestação do serviço público de transmissão de energia elétrica", esclareceu a empresa, acrescentando que o caso foi reportado ao Ministério de Minas e Energia e para a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Questionada pela reportagem, a Aneel confirmou ter tomado conhecido do evento. "O fato já foi reportado para o Ministério de Minas e Energia e autoridades de segurança. A empresa está atuando nas avarias detectadas", disse em nota.
Investigação
Embora haja indícios de vandalismo no episódio em Rio das Pedras, o Ministério de Minas e Energia, a Aneel e o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) criaram um gabinete de crise para avaliar as ocorrências recentes. No dia 10, três torres de energia caíram: uma no circuito de Itaipu e duas em Rondônia, da Eletronorte.
O gabinete apura se há relação com os atos de extremistas do dia 8 em Brasília. No dia 11, em coletiva de imprensa, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) chegou a dizer que as ocorrências não são "isoladas" e relacionou os ataques do dia 8 com os atos de vandalismo contra as torres.
"Foi um ato de vandalismo, um ato de bandido, porque os cabos de aço foram serrados. Significa que propositalmente alguém cortou os cabos das torres [...] Já tinha acontecido no final do ano em Rondônia, torres da Eletronorte que tinham sido derrubadas, ou seja... Obviamente, nós vamos investigar", afirmou na ocasião.