Documento divulgado pelo Ministério do Turismo esta semana mostra que o número de municípios turísticos no País foi reduzido em 35%: de 3.345 para 2.175. O Mapa do Turismo do Brasileiro é uma ferramenta de gestão, que permite direcionamento de políticas públicas para o setor.
Construído em conjunto com os órgãos oficiais do setor, o mapa tem como foco a estruturação e a promoção do setor, de forma regionalizada e descentralizada. Ele serve também para identificar o desempenho da economia do turismo para tornar mais fácil a identificação e apoio a cada uma das cidades.
"O mapa é um instrumento de ordenamento que auxilia o governo federal nos estados quanto ao desenvolvimento de políticas públicas para o turismo. Temos trabalhado ultimamente com orçamentos bem aquém do necessário. Então, é importante que o gestor aplique onde esses valores terão um retorno melhor para a região, para o turista e também para as políticas do governo federal", explica o diretor do Departamento de Ordenamento do Ministério do Turismo, Rogério Cóser.
Recorte territorial
Em sua quinta edição, o mapa é atualizado periodicamente para se adequar à realidade de cada município. "Esse mapa é o que define o recorte territorial do que deve ser trabalhado prioritariamente pelo ministério. Entendemos que é prioritário buscar respeitar os níveis de desenvolvimento das regiões turísticas", afirma. A ferramenta permite a aplicação de recursos onde há possibilidade de maior ganho para o turismo.
Segundo a metodologia de construção do mapa, os municípios são divididos em cinco categorias, de A a E. A definição se dá a partir de quatro variáveis de desempenho econômico: número de empregos, de estabelecimentos formais no setor de hospedagem e estimativas de fluxo de turistas domésticos e internacionais.
A categoria A representa as cidades com maior fluxo turístico e maior número de empregos e estabelecimentos no setor de hospedagem. Nesta faixa estão concentrados destinos turísticos como Porto Seguro (BA), Ipojuca (Porto de Galinhas/PE), Armação de Búzios (RJ), Campos do Jordão (SP), Guarapari (ES), Balneário Camboriú (SC), Foz do Iguaçu (PR), Gramado (RS) e Caldas Novas (GO).
O novo mapa aponta que 29% (630) dos municípios estão nas categorias A, B e C. Eles concentram 93% do fluxo de turistas domésticos e 100% do fluxo internacional. As demais cidades, que representam 71% dos casos, estão entre as categorias D e E. De acordo com Ministério do Turismo, esses destinos não possuem fluxo turístico nacional e internacional expressivo, mas têm papel importante no fluxo regional e precisam de apoio para a geração e formalização de empregos e estabelecimentos de hospedagem.