Oferecimento

Tubarão Martelo terá caixa positivo em agosto de 2014, prevê ex-OGX

26 dez 2013 - 18h22
(atualizado às 18h25)
<p>As informações, antes confidenciais, foram fornecidas ao mercado após a petroleira de Eike Batista, em recuperação judicial, anunciar na véspera de Natal acordo com detentores de bônus de US$ 3,8 bilhões</p>
As informações, antes confidenciais, foram fornecidas ao mercado após a petroleira de Eike Batista, em recuperação judicial, anunciar na véspera de Natal acordo com detentores de bônus de US$ 3,8 bilhões
Foto: Ricardo Moraes / Reuters

A Oléo e Gás Participações, ex-OGX, prevê fluxo de caixa positivo para as operações de Tubarão Martelo e Tubarão Azul, na Bacia de Campos, em agosto de 2014, segundo documento divulgado ao mercado nesta quinta-feira.

O fluxo de caixa consolidado da empresa, no entanto, continuará negativo ao final do ano que vem, em mais de US$ 100 milhões, considerando despesas com o BS-4, com previsão de receita somente em 2017, entre outras.

Publicidade

As informações, antes confidenciais, foram fornecidas ao mercado após a petroleira de Eike Batista, em recuperação judicial, anunciar na véspera de Natal acordo com detentores de bônus de US$ 3,8 bilhões, um avanço que pode abrir a porta para uma reestruturação bem-sucedida da empresa.

Em agosto do ano que vem, a Óleo e Gás prevê fluxo de caixa positivo de US$ 10,8 milhões para as operações dos campos de Tubarão Martelo e Tubarão Azul - para este último, considerando somente alguns meses de produção. Depois, essa situação de contas no azul se repetiria mensalmente até dezembro de 2014, quando ex-OGX prevê saldo de caixa de US$ 63,3 milhões. A empresa destacou, no entanto, que para manter os investimentos em Tubarão Martelo (principal aposta para a sobrevivência da empresa) precisa de financiamentos no valor de US$ 150 milhões em abril de 2014.

Para 2015, entretanto, o fluxo dos principais ativos da ex-OGX volta a ficar negativo, em US$ 255,7 milhões. O saldo ficaria azul novamente a partir de 2017, segundo o plano de longo prazo, que prevê um "farm-out" do campo (venda de participação) para investimentos. A ex-OGX informou no dia 6 de dezembro que começou a produzir em Tubarão Martelo. Quatro dos sete poços previstos pela petroleira para alimentar a produção do campo estarão produzindo até maio do próximo ano.

Publicidade

Gastos

O documento aponta ainda despesas milionárias nos próximos anos na área de outro bloco, o BS-4, com previsão de receita somente em 2017. A Óleo e Gás, aliás, está em negociações com os parceiros do BS-4 sobre atraso no pagamento de aportes que deveriam ter sido feitos. Segundo um acordo (Joint Operating Agreement), a empresa pode ser retirada de BS-4 60 dias após o não pagamento (8 de janeiro de 2014).

O bloco, que deu origem aos campos de Atlanta e Oliva, é desenvolvido em consórcio formado por Queiroz Galvão Exploração e Produção (30%), Barra Energia do Brasil Petróleo e Gás (30%) e pela petroleira de Eike (40%). Em nota divulgada na semana passada, a Queiroz Galvão afirmou que a empresa de Eike deixou de pagar R$ 73 milhões relativos a sua participação no bloco BS-4.

Tubarão Martelo

A Óleo e Gás também divulgou alguns dados atualizados sobre o campo de Tubarão Martelo. A empresa elevou a projeção de preço de petróleo de 98 dólares por barril (FOB) para US$ 103 por barril, além de ter elevado as despesas operacionais (de US$ 6,612 bilhões para US$ 7,02 bilhões), principalmente em função de custos logísticos adicionais.

A companhia também informou que prevê menos investimentos, reduzindo o capex de US$ 1 bilhão para US$ 879 milhões. As ações da Óleo e Gás fecharam esta quinta-feira em alta de 15,79%, a R$ 0,22 cada.

Publicidade
Reuters - Esta publicação inclusive informação e dados são de propriedade intelectual de Reuters. Fica expresamente proibido seu uso ou de seu nome sem a prévia autorização de Reuters. Todos os direitos reservados.
TAGS
Curtiu? Fique por dentro das principais notícias através do nosso ZAP
Inscreva-se