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Vale (VALE3) confirma que negociações sobre Mariana estão avançadas

20 set 2024 - 12h29
Fundação da Vale (VALE3), Samarco e BHP promete mais R$ 2 bi por Mariana
Fundação da Vale (VALE3), Samarco e BHP promete mais R$ 2 bi por Mariana
Foto: Suno

Nesta semana, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, deu detalhes sobre um possível acordo da Vale (VALE3) sobre o processo de Mariana, afirmando, dentre outras coisas, que as indenizações serão pagas ao longo de 20 anos. Com isso, a mineradora se manifestou oficialmente sobre o assunto.

Em nota, a companhia confirmou que as negociações sobre o acordo para compensação do desastre de Mariana estão avançadas, "a partir de propostas previamente apresentadas e divulgadas pelas partes".

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A Vale ressalta, contudo, que nenhum acordo definitivo foi alcançado. A expectativa da empresa é de chegar a uma resolução em outubro deste ano.

"A Vale, como uma das acionistas da Samarco, segue engajada nas negociações para a repactuação do acordo de Mariana e busca, junto às autoridades envolvidas, estabelecer um acordo que garanta a reparação justa e integral às pessoas atingidas e ao meio ambiente. A empresa reafirma seu compromisso com as ações de reparação e compensação relacionadas ao rompimento da barragem de Fundão", disse em nota.

Em relatórios recentes divulgados por casas de análise, a resolução dessa questão é comumente citada como um potencial gatilho para as ações da Vale. Outro imbróglio a ser resolvido pela mineradora que pode destravar valor para os papéis, segundo os analistas, é a renovação das concessões ferroviárias.

O cenário macroeconômico, contudo, não vem favorecendo a VALE3 na visão dos analistas. Isso porque algumas casas de análise vêm revisando para baixo as suas perspectivas para o minério de ferro, diante das incertezas com o mercado imobiliário chinês, bem como a alta nos estoques da commodity na Ásia.

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Após o minério de ferro atingir um mínimo de quase dois anos na casa dos US$ 90 por tonelada, o Goldman Sachs, por exemplo, passou a projetar a commodity em em US$ 85 no quarto trimestre de 2024, ante US$ 100 na última estimativa.

Já o BTG Pactual afirmou que os fundamentos para o minério de ferro permanecem fracos, sem sinais de reversão de tendências.

Tais projeções mais pessimistas para a commodity são divulgadas justamente no momento em que a Vale fez uma revisão de alta na sua expectativa de produção de minério para este ano.

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