A Vale (VALE3) opera em forte alta na manhã desta segunda-feira (09) no Ibovespa, impulsionada pela notícia de que a economia chinesa deve receber novos apoios em 2025.
Por volta das 11h, as ações da Vale (VALE3) saltavam 3,52% no Ibovespa, cotadas a R$ 58,83.
O Politburo, principal órgão político da China, se comprometeu a implementar uma política fiscal " mais proativa" e uma postura monetária "moderadamente frouxa" no ano que vem, segundo comunicado sobre uma reunião do grupo nesta segunda-feira.
O comitê, que reúne as 24 autoridades mais poderosas do país asiático sob a liderança do presidente Xi Jinping, sinalizou ainda a intenção de impulsionar o consumo "vigorosamente", melhorar a eficiência dos investimentos e expandir a demanda doméstica "em todas as direções".
Ainda de acordo com a nota, publicada pela agência oficial Xinhua, Pequim também pretende adotar medidas para estabilizar o setor imobiliário e o mercado acionário. Os líderes do gigante asiático citam ainda a contínua abertura para o mercado externo, além da estabilização do comércio e do investimento estrangeiro.
Xi Jinping também reforçou compromisso com o cumprimento das metas econômicas no ano que vem. O presidente reconheceu as "dificuldades e desafios" no desenvolvimento chinês, mas assegurou que as autoridades estão preparadas para lidar com essas questões. O presidente acrescentou que a fundação econômica do país é "estável" e exibe resiliência.
O novo guidance para a política monetária chinesa representa a primeira grande mudança desde 2011, conforme relato da Bloomberg.
As ações VALE3 são beneficiadas com esse cenário, uma vez que a china representa um dos maiores consumidores globais da Vale.
Assim, com uma perspectiva de maior apoio à economia chinesa, em especial no que diz respeito ao setor imobiliário, a tendência é que o minério de ferro, principal produto da Vale, se valorize.
Recentemente, inclusive, a XP rebaixou sua recomendação para a Vale de "compra" para "neutra", citando uma perspectiva "pouco inspiradora" para o minério de ferro. Com a mudança de postura por parte da China, contudo, é possível que essa perspectiva melhore a partir do ano que vem.
Com Estadão Conteúdo
