Um voo de 1h55 entre Guarulhos (SP) e Foz do Iguaçu (RS) se transformou uma inquietação de nove dias para um passageiro da companhia aérea Gol. O paulistano Felipe Venturini programou a viagem com três meses de antecedência, comprou o assento de sua preferência e, ao embarcar no avião, chegou a ser convidado a se retirar.
“Comprei a passagem no dia 23 de novembro e escolhi a poltrona. No dia em que efetuei o check-in eletrônico, confirmei a escolha do assento 21F”, relembra Venturini.
Mas, ao se acomodar na aeronave, dia 1 de março, teve a primeira surpresa. Um outro passageiro alegava que aquela poltrona era dele, conforme mostrava a passagem que acabara de comprar.
Esperando de uma comissária de bordo uma ajuda, ouviu apenas que seu nome não constava na lista de passageiros e um pedido para que se retirasse da aeronave.
Como o paulistano se negou a sair, por entender que houve um erro por parte da companhia, a Gol teria adotado uma medida controversa: solicitou aos pais de uma criança de 7 anos se poderiam levá-la no colo durante toda a viagem, em troca do reembolso do valor da passagem. Eles aceitaram.
“Obrigado, Gol Linhas Aéreas por atrasar mais um vôo de sua companhia em ao menos trinta minutos, fazer uma criança de sete anos viajar por 115 minutos sem segurança apropriada e fazer um passageiro passar por essas ocasiões”, agradeceu ironicamente.
A reportagem do Terra enviou uma série de questionamentos sobre os procedimentos da empresa tanto em relação ao passageiro que se diz lesado como sobre a segurança da criança que teria viajado no colo dos pais. A companhia aérea, no entanto, se limitou a informar “que prestou os esclarecimentos necessários ao cliente sobre sua reserva em contato registrado na Central de Atendimento”.
O internauta Felipe Venturini, de São Paulo (SP), participou do vc repórter, canal de jornalismo participativo do Terra. Se você também quiser mandar fotos, textos ou vídeos, clique aqui.