A tecnologia tem permitido oferecer novas experiências aos usuários de serviços bancários. Especialmente após a pandemia, se tornou possível realizar diversas operações na tela de um smartphone, a distância, nos canais de atendimento online ou por telefone.
Isso é um grande avanço para a melhoria da relação entre as empresas e os clientes, que podem desfrutar de maior comodidade. No entanto, é necessário que essas mudanças sejam acompanhadas também de medidas de segurança que estejam alinhadas com a melhoria na experiência dos clientes.
Segundo o Indicador de Tentativas de Fraude da Serasa Experian, os brasileiros sofreram 284 mil tentativas de fraude de identidade em janeiro de 2023, o que significa que a cada 9 segundos uma pessoa é vítima dos fraudadores aqui no Brasil.
Inteligência Artificial aplicada aos negócios
A inteligência Artificial (IA) está em alta atualmente. Enquanto se discute os limites para os usos da IA generativa, especialmente por conta do ChatGPT e similares, muitas empresas já apostam em alternativas que utilizam essa tecnologia para alavancar seus negócios e conquistar novos clientes.
Isso porque a inteligência artificial consegue ir além de automatizar processos, podendo também aumentar a segurança e a produtividade em etapas importantes do consumo.
A biometria de voz, por exemplo, vem sendo usada como uma maneira de implementar uma solução antifraude com mínima fricção ao usuário em variados momentos da jornada do cliente, garantindo atendimentos e operações mais ágeis e seguras.
Atualmente, a tecnologia também vem sendo utilizada por parte dos fraudadores. O uso dos deepfakes, por exemplo, são uma maneira de usar a inteligência artificial generativa para criar conteúdos de imagem e áudio, a partir de materiais e gravações das vítimas. Por isso, é necessário que as empresas estejam preparadas para se proteger também desses golpes utilizando ferramentas que são constantemente atualizadas para estar à frente dos golpistas.
Biometria de voz e a prevenção a fraudes
Especificamente no caso da biometria de voz, que atua com técnicas de inteligência artificial e deep learning, é possível ter o encontro de uma solução antifraude a uma solução de UX. Afinal, com ela os clientes passam a ter mínima fricção ao autenticar sua identidade em diversos momentos da jornada.
Em poucos segundos de fala, o usuário consegue ser identificado e a instituição bancária receberá um alerta notificando a possibilidade de um golpe, caso a voz não seja compatível com a cadastrada para o cliente. Ou seja, mais do que apenas reconhecer uma fraude, torna-se possível evitar que elas aconteçam.
Com essas tecnologias aplicadas à jornada dos clientes, a engenharia social realizada para aplicar fraudes pode ser interrompida logo no início. Isso tem se tornado essencial para prevenir e evitar os grandes prejuízos trazidos por eles e manter o mercado bancário protegido desses criminosos.
(*) Marcelo Peixoto é CEO na Minds Digital, Voice IDTech de biometria de voz no Brasil.