As vendas de imóveis residenciais novos, na capital paulista, tiveram o resultado mais baixo para o primeiro bimestre do ano desde 2004. Segundo balanço do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP), em janeiro e fevereiro foram vendidas 2.011 unidades, 27,5% menos que as 2.775 residências comercializadas no mesmo período de 2013. Em fevereiro, com a venda de 981 unidades, a queda chega a 49,1% em comparação com o mesmo mês do ano passado.
Para o vice-presidente do Secovi-SP, Emílio Kallas, as empresas estão inseguras em relação à conjuntura econômica. Parte do fraco desempenho do setor, segundo ele, "pode ser atribuído às incertezas dos empreendedores em relação aos rumos da economia".
O aumento de preço dos terrenos na cidade e o aumento das exigências para construir também são fatores, que segundo Kallas, devem ter influenciado no desaquecimento do setor. "Certamente refletiu no mercado o encarecimento de terrenos, em função da incidência da exigência de contrapartidas e outorgas, além dos debates acerca da apresentação do novo Plano Diretor Estratégico" que tramita na Câmara Municipal, acrescentou.
No período de 12 meses até fevereiro, as vendas de unidades habitacionais novas totalizou 32.555 na cidade de São Paulo. Um aumento de 22,6% em comparação ao acumulado do período anterior, encerrado em fevereiro de 2013.