As vendas de imóveis novos na cidade de São Paulo mostraram um novo fôlego em novembro, com impulso do décimo terceiro salário, mas no acumulado do ano o recuo é de 40% e o estoques na cidade atingiram seu maior patamar desde 2004.
Foram vendidas 2.987 unidades residenciais novas em novembro, uma alta de 7,6% na comparação anual, informou o Secovi-SP, sindicato de habitação de São Paulo nesta segunda-feira. Em relação a outubro, quando foram vendidas 963 unidades, o crescimento foi de 210,2%.
Segundo a entidade, novembro foi o melhor mês para as vendas de unidades novas no município de São Paulo, uma vez que o mercado tomou fôlego e reagiu positivamente em vendas e lançamentos, passados os momentos críticos do ano, como Copa do Mundo e eleições presidenciais.
"Conforme as nossas expectativas, o mercado imobiliário apresentou melhores resultados em novembro, mês com maior quantidade de vendas no ano. Porém, a previsão é que o ano de 2014 seja aquém do de 2013", disse em nota o presidente do Secovi, Claudio Bernardes.
No acumulado do ano, no entanto, as vendas, que atingiram 18.324 unidades, têm recuo de 40% sobre o mesmo período de 2013. "É preciso considerar que 2013 foi um ano excepcional para o mercado imobiliário, com elevado crescimento em relação aos dois anos anteriores", afirmou o Secovi.
Os lançamentos subiram 26,1% em novembro na comparação anual, para 6.301 unidades residenciais, informou o Secovi com base em dados da Empresa Brasileira de Estudo do Patrimônio (Embraesp). Na comparação mensal, o aumento foi de 169,7%. No ano, os lançamentos recuaram 9%
O valor geral de vendas (VGV) em novembro foi de R$ 1,6 bilhão, queda de 28,2% sobre novembro de 2013, mas avanço de 190,8% em relação ao mês anterior.
"Tradicionalmente novembro e dezembro apresentam os maiores volumes de lançamentos, pois as empresas têm de cumprir metas anuais e aproveitam o décimo terceiro salário no incremento das vendas", disse o Secovi, em nota.
O estoque em São Paulo cresceu 42,1% em novembro na comparação anual, para 26.579 unidades, seu maior nível histórico desde a mudança de metodologia da pesquisa, em janeiro de 2004. Sobre outubro, houve um crescimento de 12,4%.